Polícia

REGIME FECHADO

PM do Maranhão é condenado a 17 anos de prisão pelo segundo homicídio

Francisco Ribeiro já havia sido condenado, em setembro de 2022, a 9 anos de prisão

Cintia Lucas

Quarta - 03/05/2023 às 15:33



Foto: Reprodução Redes Sociais Francisco Ribeiro dos Santos
Francisco Ribeiro dos Santos

O policial militar maranhense Francisco Ribeiro dos Santos Filho foi condenado por homicídio qualificado a 17 anos, um mês e 21 dias de prisão, além de ter sua prisão preventiva mantida e perder o cargo público. O julgamento aconteceu durante essa terça-feira (2) em Teresina, e a sentença também determinou que ele deverá cumprir a pena em regime inicial fechado. Francisco Ribeiro já havia sido condenado, em setembro de 2022, a 9 anos de prisão pelo assassinato do cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel Sousa Borges.

Francisco foi condenado pelo homicídio de Felipe da Silva Araújo em 16 de agosto de 2018. A vítima foi alvejada por disparo de arma de fogo no bairro Pedra Mole, zona Leste da capital. Segundo apurado, o disparo partiu da arma de fogo de propriedade do Estado do Maranhão e que estava na posse do acusado.

Conforme o promotor de Justiça Silas Lopes, que atuou no processo por meio do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com Atuação no Tribunal do Júri (GAEJ), uma perícia de confronto balístico comprovou as alegações do Ministério Público.

“Em 1º de fevereiro de 2019, o cabo da Polícia Militar Samuel Borges assassinado. A investigação conseguiu recolher a munição e fazer o confronto balístico, confirmando que Francisco foi o autor dos disparos. Em 2022, ele foi condenado a 11 anos e 6 meses por esse crime. No caso da vítima Felipe da Silva Araújo, o exame confirmou que os projéteis saíram da mesma arma que matou o cabo da PM”, explicou o promotor.

Além do resultado do confronto balístico comprovando a utilização da mesma arma, o MPPI ainda alegou que Francisco não comunicou o extravio da arma a seus superiores nem registrou algum boletim de ocorrência informando ter sido subtraída, e que tampouco apresentou justificativa para essas omissões.

O assassinato

O crime ocorreu em 16 de agosto do ano de 2018, na Avenida José de Moura Santos, nas imediações do depósito veículos da empresa Vip Leilões, no bairro Pedra Mole, zona leste da Capital. Segundo a Polícia Militar, no dia do crime, a vítima estava caminhando na rua e foi executada. A investigação do crime apontou que o assassinato foi motivado por rixas antigas. Felipe foi atingido com um único disparo no rosto.

O outro crime

Samuel de Sousa Borges, de 30 anos, foi assassinado na frente do próprio filho no início da tarde da sexta-feira, 1º de fevereiro de 2019, próximo a uma escola no bairro Jóquei, na zona leste de Teresina. Uma briga de trânsito teria motivado o crime. Samuel era policial do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE), mas estava a serviço da Vice-Governadoria do Piauí.

Cabo Samuel Borges / Arquivo Pessoal

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