Educação

Polícia Federal confirma espionagem contra a Petrobras

Piauí Hoje

Terça - 19/02/2008 às 04:02



O superintendente da Polícia Federal do Rio, Valdinho Jacinto Caetano, confirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (19) que o furto de informações da Petrobras não foi um roubo comum, mas sim espionagem. De acordo com Caetano, nove pessoas já foram ouvidas e outras 15 intimadas. Entre os indícios de espionagem está, segundo o superintendente, o fato de terem sido levados quatro laptops e dois HDs, mas outros equipamentos terem ficado para trás. "Num roubo comum se leva o computador inteiro, e não só o HD. O que nos leva a descartar a hipótese de crime comum", disse ele. Caetano confirmou ainda que o sistema de segurança da empresa era falho "para esse tipo de material". "Tinha muita gente com acesso a esse equipamento", explicou o superintendente, que afirmou que os equipamentos roubados eram da empresa americana Halliburton, que presta serviços à estatal, mas que as informações arquivadas eram da Petrobras. Cronologia De acordo com a Polícia Federal, o inquérito diz que o equipamento saiu de Santos, em São Paulo, no dia 18 de janeiro, e chegou ao Rio no dia 25. O contêiner só teria chegado a Macaé no dia 30 e, no dia 31, foi verificado o furto. No dia 1º de fevereiro, Luiz Lima Bianchi, funcionário da Petrobras, foi à PF prestar depoimento e notificar o roubo. Segundo o superintendente, no dia 2, sábado de carnaval, um perito esteve no local e fez um laudo parcial, pois funcionários que tentavam calcular o prejuízo com o crime já haviam estado no local. A instauração do inquérito policial foi pedida no dia 6, primeiro dia útil após o carnaval, salientando que o objeto de furto eram informações "sensíveis e estratégicas" da empresa, sobre uma sonda da bacia de Santos. Roubos anteriores No depoimento de funcionários, segundo Caetano, a Petrobras confirma que já houve casos similares de roubo, mas que foram registrados na delegacia de polícia local e que a empresa disse não ter dado importância, na época, pelo fato de os dados levados não terem relevância. "Essa documentação será, mais para frente, anexada ao nosso inquérito", assegurou. Segundo ele, um delegado da Diretoria de Inteligência da PF de Brasília chegou a Macaé para auxiliar a delegada Carla Dolinski, da regional da cidade, na apuração dos fatos.

Fonte: G1

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