Polícia

​​​​​​​Três irmãos comandavam quadrilha que desviou mais de R$ 81 milhões do governo

Quarta - 02/08/2017 às 11:08



Foto: Divulgação SSP Operação Fantasma
Operação Fantasma

O Grupo Interinstitucional de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (GRINCOT), deflagrou a “Operação Fantasma” no início da manhã desta quarta-feira (2) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua no Piauí utilizando empresas fantasmas e notas fiscais frias, praticando fraudes fiscais/tributárias que lesaram o fisco em mais de R$ 81 milhões de reais ao Estado. De acordo com o Ministério Público do Piauí, três irmãos contatavam empresários interessados nas fraudes ou utilizavam empresas “fantasmas” para usar em suas empresas reais.

Operação Fantasma

Ao todo foram expedidos pelo Juiz da 10ª Vara Criminal de Teresina, 11 Mandados de Prisão Temporária, três de Mandados de Prisão Preventiva, 15 sequestros e remoção de bens, além de 23 Mandados de Busca e Apreensão.

De acordo com o Ministério Público do Piauí, os alvos da operação seriam responsáveis pela gestão de várias empresas fantasmas, criadas para serem destinatárias de notas fiscais ideologicamente falsas, de modo que as dívidas tributárias não recaíssem sobre os reais compradores, mas sim, sobre empresas destinatárias fictícias, cujos “proprietários” não possuíam quaisquer recursos. Entre as empresas usadas na fraude, constam três dentre as dez maiores devedoras do fisco estadual.

Entenda como a quadrilha funcionava:

As investigações apontam que os irmãos Mirtdams Jr e Willams e João Canuto Neto contatavam empresários interessados nas fraudes ou utilizavam empresas “fantasmas” para usar em suas empresas reais. Os irmãos utilizavam “laranjas”, geralmente pessoas simples que precisavam de dinheiro, e contavam com a ajuda de alguns empregados fixos dentre eles Gilmara, Sandra, Deodato e Jailton, que conseguiam documentos (RG, CPF) de populares mediante ardil ou, o que era mais comum. Os funcionários ofereciam dinheiro, entre R$ 500 e R$ 1 mil reais para que os populares cedessem seus documentos, os quais seriam utilizados na abertura de empresas “fantasmas”.

O suposto líder do grupo, Mirtdams, usava como real proprietário, diversos veículos de luxo que não estavam em seu nome, mas em nome de tia e cunhada. Contra os alvos já tramitam seis processos criminais e três inquéritos, referentes a crimes praticados com modus operandi semelhante.

Operação Fantasma

Participam da Operação aproximadamente 100 pessoas, entre policiais civis, auditores fiscais, técnicos da SEFAZ-PI, MPE-PI e Policiais Rodoviários Federais - PRF.

Operação Fantasma

Aguarde mais informações

Fonte: Redação

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