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Piauiense é indicada para prêmio de revista de circulação nacional

Piauí Hoje

Sábado - 29/08/2009 às 04:08



Ao caminhar pelas ruas de Altamira, cidade paraense à beira do rio Xingu, Antônia Melo é constantemente solicitada. "As pessoas chegam com todo tipo de problema: violência em casa, perda de terra, doenças", diz Antonia. Ela ouve, orienta e recebe um abraço de despedida. O carisma e respeito como liderança popular numa das regiões mais violentas do país - onde assassinaram a missionária americana Dorothy Stang - foram conquistados em mais de três décadas de luta pelos direitos das mulheres, das crianças e do meio ambiente. Como a freira, Antônia é uma mulher de coragem. Não se intimida com as ameaças que recebe e viaja por toda a Transamazônica e pelo rio Xingu reunindo e incentivando trabalhadoras rurais, ribeirinhas e indígenas para que se organizem e reivindiquem direitos como saúde, educação, previdência e denunciem a violência doméstica e a ação nefasta de grileiros. Uma das coordenadoras da Fundação Viver, Produzir e Preservar e do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA Regional), a ativista e ambientalista também está à frente de manifestações em defesa da terra e contra a construção de uma hidrelétrica na região. Nascida no interior do Piauí, Antonia chegou em Altamira aos 5 anos com os pais, pequenos agricultores. A partir dos anos 1980, ajudou a fundar vários movimentos sociais de mulheres e de defesa de menores e foi a primeira conselheira tutelar da cidade. Também já esteve várias vezes em Brasília para levar aos governantes reivindicações de seu povo. "Graças à união e à pressão das entidades sociais, conseguimos a instalação de um hospital e um abrigo para menores, implantação do programa Luz para Todos na zona rural e da delegacia da mulher, além de melhorias na educação e na Justiça."PRÊMIOA 14ª edição do Prêmio CLAUDIA conta com uma novidade: uma premiada especial além das vencedoras nas cinco categorias tradicionais (ciências, cultura, negócios, políticas públicas e trabalho social). A partir deste ano, o Prêmio Homenagem Especial será concedido a personalidades que, pela magistral carreira, se destacam em uma das cinco áreas contempladas. A atriz, cantora e diretora de teatro, óperas e de shows musicais Bibi Ferreira é a primeira grande homenageada hors-concours.O Prêmio Claudia foi criado em 1996, pela revista CLAUDIA, da editora Abril, para homenagear e divulgar o trabalho de mulheres que trabalham por um país mais justo. Brasileiras que usam conhecimento, criatividade, talento, experiência, ousadia e muito suor para transformar a realidade e garantir uma vida melhor para a população de sua comunidade, de seu estado ou de seu país. As indicadasAs indicações das candidatas são feitas por uma comissão formada por cientistas, acadêmicos, empreendedores sociais, empresários, políticos, jornalistas, escritores, cineastas, entre outros. Foram recebidas mais de 250 indicações de mulheres que atuam com garra e competência em todo o país. Uma equipe formada por diretores e jornalistas da editora Abril selecionou as finalistas de cada uma das cinco categoria a partir do impacto, originalidade e multiplicidade de seus trabalhos. Neste ano, há 16 finalistas (na categoria negócios, duas mulheres estão concorrendo juntas e valem um voto) e uma vencedora por categoria. JúriA escolha é feita por três júris: o de notáveis, o da redação e o de leitoras (que podem votar pelo site www.premioclaudia.com.br ou pelo celular - SMS ou mobile site. As histórias das finalistas das cinco categorias - (ciências, cultura, negócios, políticas públicas e trabalho social) - estão na revista CLAUDIA - edições de agosto e setembro. No dia 5 de outubro, numa cerimônia na Sala São Paulo, com a presença de todas as finalistas, serão reveladas as vencedoras de cada uma das cinco categorias. A cobertura da festa e as cinco vencedoras estarão na revista CLAUDIA de novembro.

Fonte: Assessoria

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