Economia

Piauí registrou 110 novos casos de câncer de pulmão só em 2006

Piauí Hoje

Terça - 20/11/2007 às 03:11



Novembro é o mês mundial de conscientização do câncer de pulmão. Preocupada com a alta incidência no Brasil, a Associação Brasileira do Câncer chama a atenção da população para alertar sobre esse tipo de câncer mais comum. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCa), 110 novos casos foram diagnosticados no Estado do Piauí e mais de 27 mil no Brasil, em 2006. O câncer de pulmão é classificado pelo Instituto como o de "maior incidência e mortalidade". "Nosso desafio é disponibilizar o máximo de informação segura e correta para o maior número de pessoas, afirma a presidente da associação, Vitória Herzberg, ao comentar a importância de explicar o que é a doença, quais são as causas e sintomas, como é possível se chegar ao diagnóstico precoce e apresentar os tratamentos mais modernos que podem contribuir para uma vida melhor. A doença é a que mais acomete pessoas em todo o mundo, com 1,3 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano. Dados internacionais apontam que a cada 30 segundos uma pessoa morre vítima de câncer de pulmão.O câncer de pulmão é desencadeado quando, de forma desordenada e sem controle, as células presentes no pulmão se dividem e se reproduzem dando origem a uma lesão tumoral. Um dos principais problemas é que grande parte dos pacientes só descobre a doença na fase avançada, quando se torna praticamente incurável.Associação Brasileira do CâncerA Associação Brasileira do Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, cuja missão é informar, educar e mobilizar a sociedade para a prevenção, detecção precoce e diminuição do sofrimento das pessoas tocadas pelo câncer.Partindo do pressuposto de que a batalha contra o câncer deve ser enfrentada também no campo da conscientização e da articulação política, com vistas ao respeito do que reza o art.196 da Constituição Federal, a Associação passou a atuar e influenciar desde ações de prevenção até a mobilização de pacientes, familiares, cuidadores e formadores de opinião em torno da luta por seu direito de acesso à saúde.Dados e fatos sobre câncer de pulmãoA cada 30 segundos, morre uma pessoa vítima de câncer de pulmão. A doença é a que mais acomete pessoas em todo o mundo, com 1,3 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano. É rara a ocorrência antes dos 40 anos, mas a incidência aumenta a partir dos 50 anos.Segundo a Sociedade Européia de Oncologia (ESMO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos casos de câncer de pulmão no mundo estão relacionados ao tabaco. Particularmente para os fumantes passivos, um dado alarmante: o risco do desenvolvimento de câncer de pulmão é de 25% para companheiros de fumantes e de 17% em ambientes de trabalho. E este dado ganha um peso ainda maior, quando se trata de uma doença classificada como epidemia global - o câncer de pulmão é o tipo de câncer que mais mata no mundo (1,3 milhão de pessoas diagnosticadas por ano x 1,2 milhão de mortes).A maneira mais fácil de se diagnosticar o câncer de pulmão é através de um raio-X de tórax, complementado por uma tomografia computadorizada. Os sintomas podem ser considerados comuns aos fumantes - tosse, chiado, ronco, dor no tórax, falta de ar e pneumonite -, o que leva muitos deles a não se preocuparem. Vale lembrar ainda que o mal não atinge somente àqueles que fumam.Atualmente existem alguns tratamentos inovadores para o câncer de pulmão, como, por exemplo, um tratamento oral, que proporciona, além de eficácia comparável à da quimioterapia, melhor qualidade de vida para o paciente. Com mecanismo de ação diferente da quimioterapia, este medicamento, aprovado em janeiro deste ano no Brasil, age especificamente bloqueando uma enzima dentro da célula do câncer, responsável pela proliferação da doença no organismo. A principal vantagem é a eficácia que este tratamento proporciona: um aumento de 42,5% no tempo de sobrevida dos pacientes. Além disso, possui a facilidade da administração oral, o que reduz os gastos com infusão e internação no hospital. Isso leva a uma melhor relação "custo-efetividade" para hospitais, planos de saúde e sistemas públicos de saúde, quando comparado aos tratamentos disponíveis até o momento, já que reduz os efeitos adversos e os custos envolvidos no manejo destes, como náuseas, vômitos, e em especial, a diminuição das células de defesa, característicos da quimioterapia intravenosa.

Fonte: InCA

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