A campanha de desarmamento e registro de armas de fogo da Polícia Federal apresentou números irrisórios no Piauí. Em 60 dias apenas 2.304 armas de pessoas físicas e 238 de empresas de segurança foram cadastradas no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal. Menor ainda foi a quantidade de armas devolvidas para a campanha mediante pagamento de indenização: somente 168.O delegado Felício Larteça, superintendente em exercício da PF, reconhece que os números são "não expressivos". Tanto que adianta os planos da corporação para recolher mais armas em 2009. "Vamos planejar uma caravana por todo o Piauí objetivando o recolhimento de armas", disse.Ainda maturando a idéia, a polícia pretende buscar apoio junto aos organismos sociais, igrejas, Ordem dos Advogados do Brasil e prefeituras para montar postos temporários nos municípios, onde agentes designados realizarão todos os procedimentos legais para a entrega espontânea das armas. A caravana não realizará buscas ou apreensões. "Vai ser a entrega voluntária por parte dos cidadãos. O cidadão vai ter a PF mais próxima dele", explica o delegado Laterça.A PF sabe - e por isso idealiza uma caravana - que o número de armas registradas junto à Secretaria de Segurança Pública ou sem registro algum é muito maior do que os anotados durante a Campanha de Desarmamento. E acredita que, além de campanhas, é necessária uma tomada de consciência coletiva. "É preciso criar a consciência", alerta o delegado, "que a arma ilegal é crime. Então, dentro da ótica de que a arma na mão de portadores não habilitados é extremamente perigosa, as pessoas devem entregar suas armas".
Fonte: PF
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