Economia

Partos em adolescentes caem 28% em dez anos no Piauí

Piauí Hoje

Quarta - 23/09/2009 às 03:09



O número de partos realizados na rede pública de saúde em meninas entre 10 e 19 anos caiu 28,71% nos últimos dez anos no Piauí. No ano de 1998 foram registrados 16.780 partos nesta faixa etária no Estado e no ano passado este número caiu para 11.963.No Nordeste o Piauí os números do Piauí são maiores apenas do que os estados de Maranhão(27,14%), Paraíba(23,39%), Sergipe(21,73%) e Alagoas cuja queda foi de apenas 15,03% no mesmo período.Os dados são do Ministério da Saúde e mostram que em 2008, o Brasil, registrou 485,64 mil partos contra 699,72 mil em 1998. No Brasil a redução foi um pouco superior ao Piauí com um total de 30%. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a redução ultrapassou 35%. A queda na quantidade de adolescentes grávidas no Brasil deve-se, principalmente, ao acesso às políticas de prevenção e orientação sobre saúde sexual.Os postos de saúde no país disponibilizam, gratuitamente, métodos contraceptivos. A compra pelo Ministério da Saúde de preservativos masculinos, por exemplo, chegou a um bilhão em 2008, a maior feita por um governo no mundo. Grande parte dessa leva é distribuída em campanhas como as do carnaval, cujo foco são adolescentes e jovens. Antes do carnaval de 2009, foram entregues aos estados 19,5 milhões de preservativos.O aumento no número de equipes de Saúde da Família também reflete no acesso a informações sobre planejamento familiar as comunidades da capital e cidades do interior. Atualmente, esses profissionais atendem 49% da população, levando informações sobre prevenção de gravidez, saúde sexual e reprodutiva aos adolescentes e jovens das cidades atendidas. Em 2000, o índice de cobertura era 15,7%. O total de equipes trabalhando em todo o país saltou de 7,6 mil para 29,7 mil.RESULTADOS - "Por causa dessas iniciativas, meninas e meninos estão mais informados sobre saúde sexual e reprodutiva e têm mais acesso a preservativos e métodos contraceptivos", afirma a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare. Ela destaca ainda como fundamental na redução do número de partos entre adolescentes os programas que unem saúde e educação, como Saúde nas Escolas e Prevenção e Saúde nas Escolas.Essas duas iniciativas levam aos alunos da rede pública informações sobre puberdade, saúde reprodutiva, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e sobre o sexo seguro. "Um dos grandes desafios nessa área é educar e orientar o jovem", destaca Thereza de Lamare. Com o intuito de melhorar o acesso dessa parcela a informações sobre saúde, o Ministério da Saúde realiza, a partir do dia 22 de setembro - Dia Nacional da Juventude, uma série de ações para incentivar o adolescente a procurar os serviços de saúde.SEMINÁRIO SOBRE JUVENTUDE - A data será comemorada com o seminário Mais Saúde na Juventude: Vamos Falar Disso?, que reune jovens, especialistas e gestores, em Brasília, para discutir políticas de saúde para a juventude. O encontro, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, em Brasília, estará focado em quatro temas - saúde sexual e reprodutiva, violência e acidentes, álcool e outras drogas, meio ambiente, esporte e lazer. As discussões ocorrem hoje, dia 22, às 9h30, no Hotal Carlton, Setor Hoteleiro Sul.De acordo com a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, a proposta é dar maior visibilidade ao atendimento dessa parcela, que requer cuidados especiais por estarem em fase de crescimento e desenvolvimento. "Iniciativas em educação em saúde, alimentação saudável, informações sobre sexualidade, violência e drogas são fundamentais para prevenir situações que podem colocar em risco a saúde de adolescentes e jovens", afirma. "Eles estão no auge das transformações e necessitam de orientação e informação", reitera.

Fonte: DP

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