Foto: Foto: Ahmed Zakot/ Reuters
Um dos veículos da ONG World Central Kitchen após ser atingido por um ataque israelense na Faixa de Gaza, em 1º de abril de 2024.
O Itamaraty divulgou nesta quinta-feira (4) comunicado expressando profunda consternação com o ataque de Israel ao comboio da ONG World Central Kitchen, que resultou na morte de sete integrantes do grupo.
O governo brasileiro reitera seu firme repúdio a ações militares contra alvos civis, especialmente aqueles envolvidos na prestação de ajuda humanitária e assistência médica. O comunicado também destaca a importância do cumprimento da demanda de cessar-fogo imediato, contida na resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 25 de março.
"O governo brasileiro reitera o firme repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica. Reitera a importância do cumprimento da demanda de um cessar-fogo imediato contida na resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 25 de março", diz a nota do Itamaraty.
O ataque, que Israel alegou ser acidental, atingiu dois veículos da ONG. Essa organização é uma das mais atuantes na Faixa de Gaza desde o início da guerra. Os carros estavam passando por uma estrada sem conflitos, voltando do norte de Gaza após entregar um carregamento de alimentos levados por um barco na semana anterior.
Os integrantes da ONG estavam devidamente identificados com coletes, e os veículos possuíam o logotipo e o nome da World Central Kitchen.
No dia seguinte ao ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu que o bombardeio partiu de Israel. Ele afirmou que o ataque não foi intencional, mas ressaltou que episódios desse tipo "acontecem em guerras". No entanto, as críticas de líderes mundiais aumentaram, e a pressão sobre Netanyahu por um cessar-fogo se intensificou. O comunicado do Itamaraty também insta o governo israelense a cumprir a resolução da ONU que exige uma pausa nos bombardeios.
As mortes dos integrantes da ONG colocam ainda mais pressão sobre os aliados de Israel.
O Itamaraty também pede que o governo israelense cumpra a resolução que o Conselho de Segurança da ONU aprovou na semana passada, na qual exige uma pausa nos bombardeios.
Fonte: g1
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