Foto: (Foto: Divulgação/Presidência da Colômbia | REUTERS/Agustin Marcarian)
Gustavo Petro e Javier Milei
O Governo da Colômbia ordenou, nessa quarta-feira (28), a expulsão de diplomatas da embaixada da Argentina em Bogotá após as declarações do presidente argentino Javier Milei contra seu colega colombiano Gustavo Petro.
"A expressão do presidente argentino deteriorou a confiança de nossa nação, além de ofender a dignidade do presidente Petro, que foi eleito democraticamente", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia em comunicado nas redes sociais.
Durante uma entrevista com a CNN em Espanhol, que será transmitida completa no próximo domingo, Milei atacou Petro. "Não se pode esperar muito de alguém que era um assassino terrorista", disse.
O governo colombiano ressaltou que "não é a primeira vez que o Sr. Milei ofende o presidente colombiano, afetando as históricas relações de fraternidade entre a Colômbia e a Argentina".
"Neste contexto, o Governo da Colômbia ordena a expulsão de diplomatas da embaixada da Argentina na Colômbia", diz a nota oficial. E acrescenta que a decisão será comunicada à embaixada argentina pelos canais diplomáticos institucionais.
Anteriormente, o embaixador colombiano em Buenos Aires, Camilo Romero, publicou uma mensagem em que afirmava que sempre que era questionado sobre Petro, Milei "respondia com insultos".
Da mesma forma, ele advertiu que, embora o presidente colombiano tivesse optado por "não dar importância a esses insultos", visto que "as palavras de Milei falam mais dele do que de Petro", o governo colombiano estava "explorando todas as medidas" e prometeu que "em breve" seriam anunciadas "decisões".
Situação recorrente Em meados de fevereiro passado, a Embaixada da Colômbia em Buenos Aires publicou um comunicado de rejeição "contundente" e "enérgico" às declarações de Milei contra Petro em uma entrevista com uma emissora de televisão colombiana privada.
A representação diplomática considerou que essas situações recorrentes "deterioram os laços históricos de amizade entre os dois países e representam uma ofensa à dignidade do Presidente da República da Colômbia, eleito democraticamente pelo povo colombiano".
Em janeiro passado, Bogotá convocou Romero para consultas, após um ataque de Milei contra Petro. Naquela ocasião, ele disse que seu colega estava "afundando os colombianos" e o chamou de "praga letal" para seu povo.
Por sua vez, o presidente colombiano respondeu aos ataques de Milei, afirmando que as políticas libertárias que ele tenta implementar na Argentina "defendem o antigo objetivo dos nazistas".
Fonte: Brasil247
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