Foto: Reprodução
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Quase sempre, nos casos de violência contra mulheres, o autor do ilícito está sob efeito de álcool ou outro tipo de droga, embora esses não sejam o real motivo da agressão. A afirmação é da promotora de Justiça Amparo Paz, titular da 10ª Promotoria de Justiça – órgão integrante do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid), durante encontro nesta terça-feira (6), do projeto Reeducar.
O programa, em andamento há 4 meses, visa promover a reeducação de homens que respondem judicialmente por crimes de violência doméstica contra mulheres, a fim de evitar a reincidência.
Neste módulo, foi abordada a relação entre o uso de drogas, sobretudo o álcool, e a violência doméstica e familiar, com debate facilitado pelo psicólogo Anderson de Moura Lima, do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS – AD)
“Elas potencializam o efeito da violência. Pois, na verdade, é provável que a violência já exista, porém, a droga facilita a sua ocorrência, por causar uma sensação de onipotência em quem a utiliza. Então, nesse sentido, ela dificulta que você tome consciência de normas e alguns valores, possibilitando uma propensão à violência contra a mulher”, afirma Anderson.
Segundo a promotora Amparo Paz, situações de violência contra a mulher relacionadas à problemas com drogas são comumente denunciadas. “Em grande parte dos casos de violência doméstica que nós recebemos, as drogas estão presentes, principalmente o álcool. Nesse sentido, a orientação quanto ao tratamento e prevenção do uso de drogas se faz muito importante, porque reflete diretamente na realidade desses crimes”, declara.
Fonte: Noticias ao minuto
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