O delegado da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte (MG) Edson Moreira, responsável pelas investigações do caso Eliza Samudio disse, em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (8) na capital mineira, que desde a quarta-feira (7) ouve o depoimento de Sérgio Rosa Salles Camelo, um dos primos do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, supostamente envolvido no desaparecimento de Eliza.Sérgio é um dos sete suspeitos que teve a prisão decretada pela Justiça de Minas Gerais na quarta-feira (7). Segundo a polícia, o depoimento de Sérgio indica a efetiva participação de Macarrão e Bruno no suposto assassinato dela. A defesa dos dois suspeitos nega que eles tenham participado do crime.De acordo com o relato feito por Sérgio, ao contrário do que vinha sendo dito até agora, quatro pessoas estiveram com Eliza e o filho dela - então com quatro meses - no sítio do jogador em Minas Gerais no início de julho: Bruno, Macarrão, o primo adolescente de Bruno de 17 anos, e Sérgio Rosa Salles Camelo. No dia 9 de julho, Bruno, Macarrão e o adolescente teriam saído com Eliza e com a criança para Belo Horizonte, com o pretexto de que iriam deixá-la em um apartamento alugado por Bruno para ela. Sérgio disse que ficou no sítio esperando pelo grupo. Na volta, os três retornaram apenas com a mala da ex-amante de Bruno e teriam ateado fogo à bagagem próximo à cisterna do sítio.Nesse ponto, ainda de acordo com o delegado, o depoimento de Sérgio contradiz ao dado pelo adolescente na manhã da quarta-feira, uma vez que o menor teria contado que Sérgio também deixou o sítio com o grupo. Apesar disso, para Edson Moreira, os pontos em comum entre os dois depoimentos são tantos que eles indicam como o crime de fato ocorreu.Para o delegado o crime foi "planejado e friamente executado". Moreira afirmou que, com base nos depoimentos, mesmo que o corpo de Eliza não seja encontrado, a materialidade já está "indiretamente comprovada". NenêMoreira disse ainda que o responsável pela morte, esquartejamento e desaparecimento do corpo de Ilza Samudio foi Marcos Aparecido dos Santos, vulgo Bola, Paulista ou Nenê. Durante a entrevista, o delegado anunciou que vai pedir a prisão preventiva dele.Segundo o delegado, Santos tem alguns antecedentes criminais e saberia treinar cachorros, tendo como "fazer as coisas" (em referência ao depoimento dado pelo primo adolescente de Bruno de que o corpo de Eliza teria sido dado para cachorros comerem). Durante a entrevista, os policiais divulgaram a foto do suspeito.
Fonte: R7
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