Educação

Maranhenses eram explorados sexualmente na Espanha

Piauí Hoje

Quinta - 02/09/2010 às 04:09



A polícia desmantelou a primeira rede de tráfico de homens na Espanha ao término de operações iniciadas em fevereiro que causaram a detenção de 14 pessoas.Esta é a primeira vez que a Espanha acaba com uma rede dedicada à exploração sexual de homens, afirma um comunicado policial. As detenções aconteceram em Palma de Mallorca, Madri, Barcelona, Alicante e León.A maior parte dos jovens que se prostituíam vinha do Maranhão, atraídos por promessas enganosas.As operações, que começaram em fevereiro passado, causaram a detenção de 14 pessoas, entre elas do cérebro da organização, de nacionalidade brasileira.Também foram presas 17 vítimas que estavam na Espanha em situação irregular, explicaram depois em uma entrevista coletiva à imprensa membros da Brigada Central de Redes de Imigração.Os homens embora também houvesse travestis e mulheres em menor proporção acreditavam que estavam indo para a Europa para serem dançarinos ou modelos "e a organização fornecia a "bolsa de viagem" e a passagem de avião, que era comprada com cartões "clonados"".As vítimas tentavam entrar na Espanha a partir de outros países do Espaço Schengen europeu.Quando chegavam ao território espanhol, "o líder da rede os distribuía por casas de prostituição variadas e fornecia a eles cocaína, "popper" (uma droga para a estimulação sexual) e Viagra para que se prostituíssem 24 horas por dia".O grupo conseguiu levar para a Espanha cerca de 80 pessoas, dos quais 64 eram homens e o restante travestis e mulheres, indicaram as autoridades da brigada.Alguns deles, com entre 22 e 29 anos, sabiam que iam para a Espanha para se prostituir, embora acreditassem que fosse em condições diferentes, enquanto outros não sabiam e viajavam convencidos de que atuariam como dançarinos ou modelos.As vítimas desta rede viviam amontoadas em casas de quartos com duas ou três beliches em que dormiam entre quatro e seis pessoas. Havia uma pequena sala onde se apresentavam para seus clientes, em maioria homens com entre 20 e 65 anos.Os jovens cobravam cerca de 60 euros, mas a metade da arrecadação ia para os chefes da rede, a quem tinham que pagar cerca de 4.000 euros (5.076 dólares) por terem sido levados para a Espanha.A rede atraía clientes "por meio de anúncios na seção de classificados de jornais e de diferentes sites em que fotos dos jovens disponíveis eram exibidas".A investigação sobre esta rede de prostituição começou em fevereiro, de acordo com a polícia, que indicou que as 14 pessoas acusadas também são suspeitas de terem fornecido drogas às vítimas, assim como a seus clientes

Fonte: JB

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