Brasil

Maior dinossauro brasileiro é comparável ao T. Rex

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Segunda - 21/03/2011 às 20:03



RIO DE JANEIRO - O Nordeste do Brasil guarda um tesouro: esqueletos de dinossauros. A Júlia, personagem da Adriana Esteves, em “Morde e assopra”, a nova novela das 19h que estreia nesta segunda (21), ia gostar dessa história.


A obsessão de uma paleontóloga pelo mundo pré-histórico a levou ao Japão. Um grande sítio arqueológico e uma grande descoberta: o que Júlia não imaginava é que tudo poderia ser perdido em segundos em um terremoto. Trata-se de uma grande coincidência em “Morde e assopra”, nova novela das 19h, que estreia nesta segunda-feira (21).


“Estamos muito assustados com o que está acontecendo e com o que está acontecendo no Japão. A gente vai apresentar uma novela tão divertida, tão linda. E aí, de repente, acontece uma tragédia dessa, e a novela ainda nem estreou”, comentou a atriz Adriana Esteves.


A ideia veio muito antes de acontecer qualquer tragédia no Japão. “A ideia veio já em março do ano passado. Se eu soubesse, eu jamais escreveria”, afirma Walcyr Carrasco, autor da novela.


Coincidências do presente e previsão do futuro. “Eu compareci em duas feiras de robótica no Japão no ano passado. Lá eu conheci os robôs que eu mostro na novela: o Zariguim, e as robôs andróides”, explica Walcyr Carrasco.


Depois do terremoto, Júlia volta ao brasil. Mais uma coincidência: um grande fóssil de dinossauro, que lembra muito o que foi apresentado pelo Museu Nacional, no Rio de Janeiro, esta semana. Oxalaia quilombensis é o maior dinossauro carnívoro já encontrado no Brasil.


“Em termos de tamanho, o Oxalaia quilombensis é comparável ao Tiranossauro Rex. Ele tinha algo em torno de 12 metros de comprimento, da ponta do focinho até a ponta da cauda. Em termos de altura, em torno de 4,5 metros a 5 metros. O peso devia ser algo em torno de 5 a 7 toneladas”, explica o paleontólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Ele foi descoberto no Maranhão. Um catamarã, às 5h, leva a equipe do Fantástico rumo à ilha que guardou o grande dinossauro por 95 milhões de anos. São 25 quilômetros de São Luis até a ilha do Cajual, passando pela baía de São Marcos. A equipe só foi até lá por causa de uma grande coincidência.


“A Laje do Coringa, no Cajual, só foi descoberta em 1994. O geólogo não estava procurando fóssil. Ele estava mapeando rocha. Para se ter uma ideia a gente já coletou ali mais de 6 mil peças fósseis”, conta o paleantólogo Manoel Alfredo, da UFMA.


Na pequena vila, o tempo parece mais lento. Com criação de porcos, o lombo de boi é o único transporte. A vida é só da pesca do camarão, até chegarem os dinossauros para mexer com a cabeça dessa gente.  “Se esse bicho passasse por aqui, comia muita gente”, diz um morador.


“Tudo, para a gente, era pedra. Aí depois que eles diziam que eram fósseis de dinossauro, Como dentes que a gente achou na beirada. O professor falou que é de um tal de ‘carcadontossauro’, coisa assim”, comenta o pescador Antônio Soares.


Poucas horas antes das 10h30, tudo estava coberto de água. A maré seca tanto que cerca de um quilômetro virou faixa de areia e lama. Só assim é possível ver as falésias e as rochas onde os fósseis foram encontrados.


Os pesquisadores esmiúçam a região. Há 95 milhões de anos, a foz de um rio trouxe no leito restos de animais mortos. “São fragmentos de dentes de pterossauro, répteis voadores que eram muito comuns no nordeste do Brasil”, aponta um pesquisador.


No local, foi encontrada a mandíbula do maior dinossauro carnívoro do Brasil. O Oxalaia quilombensis é uma espécie africana, o que é mais uma evidência de que um dia os continentes foram um só, a Pangeia. Segundo a teoria da deriva continental, grandes terremotos separaram os continentes.


“A fenda representa um terremoto, um abalo sísmico. Toda essa região está cheia desse tipo de vestígio”, afirma o pesquisador Rafael Lindoso.


São vestígios, pequenos fragmentos do passado. Eles fascinam tanto na realidade, quanto na ficção.

Fonte: imirante

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