Foto: Assessoria
Líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Limma (PT)
Em discurso na tribuna hoje (12), o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Limma (PT), prometeu oficiar a Mesa Diretora da Casa para que recomende aos demais poderes que afastem ou recomendem o pedido de afastamento das funções públicas, de parentes de candidatos a mandatos eletivos.
O parlamentar avaliou como no mínimo “estranha” a ação policial realizada na manhã desta quarta-feira por determinação do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. “A disputa eleitoral não pode orientar nenhum órgão de controle e fiscalização. Eles foram criados para investigar, analisar e ofertar denúncias de quem cometeu ilegalidade”, ressaltou
Denominada Operação Itaorna, a operação de hoje cumpriu mandados de busca e apreensão nas secretarias de Estado do Desenvolvimento Rural e Turismo, Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Depi) e Coordenadoria de Desenvolvimento Social e Lazer e Coordenadoria de Combate à Pobreza Rural.
Limma repetiu nas entrevistas concedidas após o termino da sessão no Legislativo, que o objetivo dessas operações é político, atendendo a interesses pessoais.
"Só atribuo isso ao fato de estarmos aí a 25 dias do período eleitoral. Pedir um mandado judicial para buscar um processo, o que poderia ter sido feito administrativamente. É um exagero ocupar um juiz com isso. Agora se oficiou, fez menções e nada, aí sim. O que é estranho é essa sequência de operações semanais, e que isso vem sendo dito inclusive pela oposição nos corredores e bastidores lá da Assembleia. Toda semana tem uma. Utilizar um aparato policial para buscar um processo, quando ele poderia ter sido solicitado", repetiu o deputado, em entrevista à TV Cidade Verde.
A recomendação expressa do governador Wellington Dias, segundo Limma, é a mesma. “Sempre que algum órgão de controle pedir informações, que elas sejam disponibilizadas. O governo tem interesse de saber a idoneidade de qualquer parceiro”.
Francisco Limma reiterou que órgãos que nada tem a ver com o Estado, como a Polícia Rodoviária Feral, estão sendo ocupados em operações diversas daquelas para as quais foram criados.
“Quando poderia está ajudando a controlar o trânsito (PRF). Sendo ocupada para pegar informações de um processo que não tem ilegalidade. O que eu estou questionando é se o Ministério Público não está sendo induzido por interesses privados. Pode ser um servidor que não teve o reajuste que ele queria. Termina os órgãos de controle entrando nessa história. A gente precisa compreender quem está por trás disso. Essa questão precisa ser levada a sério. Se assim for tem que acabar com a reeleição. Se não foi feito antes, porque agora em semanas seguidas? O que é estranho é acontecer nesse período. Ja ouvi hoje dizendo que na próxima semana tem mais", avisou.
Fonte: Paulo Pincel
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