No Dia Internacional da Mulher, a diarista Raniely Oliveira Vaz, de 20 anos, foi presa, em flagrante, com 48 latas de merla (subproduto de cocaína) pronta para a venda, dentro de um ônibus de transporte coletivo. No momento da abordagem policial, na CNN 1, em Ceilândia, a acusada estava com a filha, uma criança de pouco mais de um ano, no colo.Raniely foi denunciada ao soldado Gilney Antônio Caetano Martins, comandante da viatura 1659 do 8º Batalhão de Polícia Militar (Ceilândia), por uma testemunha, que a viu com dois homens em um Voyage, no momento em que eles entregavam a droga para a diarista. Quando recebeu o entorpecente e colocou numa sacola plástica, ela deixou três latas caírem.Nervosa, pegou as latas enquanto segurava a filha em um dos braços e entrou num ônibus que fazia a linha Ceilândia-Taguatinga. A testemunha denunciou o caso ao PM. Disse que a mulher havia entrado no coletivo e informou suas características ao policial. Gilney seguiu e, na QNL de Taguatinga Norte, pediu que o motorista parasse.Surpreendida, Raniely negou envolvimento com droga e não permitiu que os militares revistassem a sacola que transportava. Mas, diante da insistência dos PMs, não resistiu. A droga estava na mochila que a diarista levava nas costas.ConfissãoLevada para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), Raniely confessou que transportava a droga de Ceilândia para Brazlândia, a pedido de dois colegas identificados como José Carlos e Edmar. A dupla é conhecida da polícia por atuar no Setor Veredas, em Brazlândia.Pelo serviço de mula (apelido dado pela polícia a quem transporta droga para traficante), ela receberia R$ 60. "Aceitei levar a merla porque estou desempregada e iria comprar comida com o dinheiro", disse a acusada.Raniely afirmou que estava em casa com a filha, em Brazlândia, quando José Carlos e Edmar chegaram e fizeram a proposta. Porém, ela não sabia que o risco de ser presa era tão grande e aceitou a oferta. A filha da diarista foi entregue para a avó materna, Eliane de Oliveira Vaz. O delegado-chefe da 15ª DP, Adval Cardoso de Matos, lamentou a prisão da jovem mãe, mas disse que o crime é inafiançável e a lei determina prisão para quem transporta droga. "Vamos continuar as investigações para prender os traficantes apontados por ela", afirma.
Fonte: Jornaldebrasilia
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