O jovem Kelvin Marques Santos Farias, 17 anos, foi morto com cerca de três tiros às 6h30 desta segunda-feira (28), na Vila Irmã Dulce, Zona Sul de Teresina. De acordo com a polícia, testemunhas teriam ouvido pelo menos dez disparos. A arma usada no crime foi uma de calibre 38. Até o momento, nenhum suspeito de participação no crime foi identificado. Os suspeitos estariam em carro preto com fumê.

A polícia possui duas hipóteses para o homicídio do rapaz, que tinha pelo menos doze passagens por roubo e três internações no Centro Educacional Masculino de Teresina (CEM). Segundo o sargento Raimundo Nonato Santos, da Companhia do Promorar, a polícia acredita que Kelvin foi assassinado em um acerto de contas de gangues rivais ou por ter delatado um comparsa em um crime de roubo de uma motocicleta.

“O Kelvin fazia parte da turma do Catita, da Vila Irmã Dulce e, ontem, foi morto um rapaz conhecido como ‘John lennon’ no bairro Angelim, também na zona sul de Teresina. Os comparsas do ‘John lennon’ afirmaram que iriam vingar a morte dele até o final deste mês. O local onde kelvin foi morto é perto da casa de um jovem conhecido como ‘loirin’, que também era da turma do catita, e poderia ser um dos alvos”, declarou o sargento.

Outra hipótese da Polícia é de que Kelvin teria confessado à polícia o roubo de uma motocicleta encomendada por um rapaz identificado como João Vitor, que está foragido. Na casa de João Vitor foram encontradas três motos. Uma das vítimas que teve a moto roubada reconheceu Kelvin e um comparsa, também menor de idade, como autores do roubo.

O veículo encomendado seria utilizado no homicídio de outra pessoa, que não foi identificada. Há suspeitas de participação de João Vitor na morte de Kelvin porque ele saiu de casa meia hora antes do homicídio. Segundo policiais do 23º Distrito, João Vitor pagou R$500 pela moto. “A moto foi recuperada e ele entregou os planos e os envolvidos nesse roubo. Por isso, ele foi morto, mas o caso ainda será investigado”, informou o sargento.

De acordo com um tio da vitima, identificado como José Juvêncio, a família havia dado muitos conselhos para o rapaz, mas há quatro anos o adolescente estava envolvido com práticas criminosas.