Internautas podem ganhar U$ 100 mil se comprovarem fake news

Serão premiadas três pessoas com US$ 100 mil cada que denunciarem casos de fake news e violação às leis eleitorais


Fake news

Fake news Foto: Reprodução

Um tsunami de fake news. É assim que a Avaaz -movimento de pessoas que se mobilizam em torno de temas importantes para a humanidade- avalia o cenário do período pré-eleitoral, no segundo turno.  Dezenas de notícias falsas atingiram milhões de brasileiros após o primeiro turno das eleições, algumas das quais alimentadas por candidatos, segundo levantamento feito pela organização.  A ameaça de uma eleição decidida com base em fake news fez a Avaaz lançar uma campanha contra a prática de disseminação deste tipo de notícia e violação às leis eleitorais. 

"Ataques coordenados estão envenenando as eleições por toda parte, desestabilizando a democracia. Os brasileiros têm o direito de saber se os candidatos respeitaram a lei antes de votar. Independente de quem vença, todos perdem se mentiras ilegais decidirem quem será o próximo presidente do Brasil", diz Emma Ruby-Sachs, vice-diretora executiva da Avaaz.

A ideia é identificar casos intencionais que possam ter partido de um dos candidatos à Presidência. Serão premiadas três pessoas com US$ 100 mil cada que denunciarem casos de fake news e violação às leis eleitorais.

A campanha, que foi lançada no Twitter na quinta-feira (18), terá duração de seis meses, com término previsto para 28 de abril do próximo ano. O prazo se deve à possibilidade de surgirem denúncias após o período eleitoral, segundo explica o coordenador de campanhas da Avaaz, Diego Casaes. 

"As fake news invadiram o espaço eleitoral. O brasileiro está muito ciente do que são as fake news. Então, vamos elevar à consciência do cidadão que espalhar notícia falsa é ilegal e pode influenciar o resultado de uma eleição", afirma Diego.

As denúncias poderão ser enviadas através do site www.avaaz.org/eleicoesleaks. "É um endereço seguro, que não identifica nenhum dado do denunciante, nem mesmo o IP do computador de onde partiu a mensagem", diz o coordenador. Uma equipe formada por jornalistas investigativos, especialistas em redes sociais, cientistas de dados, pesquisadores e advogados da área do direito eleitoral vão rastrear campanhas de desinformação e relatar atividades ilegais nos últimos dias da eleição. 

"O trabalho será desenvolvido na sede da Avaaz no Brasil. Caberá ao grupo identificar se a informação é verificável e a sua credibilidade. No caso de constatação de prática de fake news, a denúncia será encaminhada à Justiça para análise e providências", explica Diego.

"A Avaaz tem dez milhões de membros no Brasil. Nossa atuação em busca de identificar e desmontar as campanhas ilegais de desinformação nesta eleição crucial baseia-se em anos de campanha de combate à corrupção e pró-democracia no país", completa a vice-diretora.

Nesta sexta-feira (19), a Folha de S.Paulo noticiou que o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que parem de fazer envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet, que as empresas usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede social.

A empresa também baniu as contas do WhatsApp associadas a essas agências. Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (18) mostrou que empresas bancaram uma campanha de mensagens anti-PT com pacotes de disparos em massa. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. 

Fonte: Folhapress

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