Política

Mantida a greve geral no Estado a partir de terça-feira

Servidores estaduais querem a retirada da PEC 3 para discussão somente em fevereiro

Domingo - 25/12/2016 às 13:12



Foto: Jorge Henrique Bastos/PK/CCom Governador do Piauí, Wellington Dias com servidores públicos
Governador do Piauí, Wellington Dias com servidores públicos

Postada às 18h de 24/12/2016

Como não houve avanço nas negociações com o próprio governador Wellington Dias, na reunião que terminou por volta das 20h de ontem, no Palácio de Karnak, os servidores públicos do Estado decidiram manter o indicativo de “greve geral” contra a “PEC dos Gastos”, que será votada na sessão deliberativa suspensa na quinta-feira (22), que deverá ser retomada nesta segunda-feira (26) pelo Plenário da Assembleia Legislativa.

O estado de greve foi decidido na manhã de sexta-feira (23), por representantes de várias categorias, reunidos em assembleia geral do Movimento Unificado de Servidores Públicos do Estado do Piauí. Com faixas, cartazes, carro de som, discursos inflamados e muitas acusações contra o governo e contra os deputados, os manifestantes fizeram vigília para impedir uma possível votação do ajuste fiscal na sexta-feira. Os manifestantes se reuniram em frente à entrada da Assembleia Legislativa, que dá acesso às galerias e ao Plenário e à agência da Caixa Econômica Federal, no primeiro andar do Palácio Petrônio Portela.

Depois da reunião no Palácio de Karnak, os representantes dos servidores decidiram voltar a discutir a greve geral na segunda-feira, em assembleia geral em frente à sede do Legislativo, antes da votação da PEC pelos deputados. Presentes no Karnak, estavam representantes da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Piauí, Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Piauí, Associação dos Professores da Universidade Estadual do Piauí e Sindicato dos Trabalhadores em Saúde

Sem avanço

A presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Piauí,  Lina Santana, explicou que os argumentos do governo não convenceram os servidores que defendem o adiamento da discussão da PEC para  fevereiro, quando a Assembleia Legislativa retorna do recesso.

Sobre a reunião no Karnak, a professora afirma que não houve qualquer avanço. “Nada ficou resolvido. O governador defende a PEC na linha do governo e a gente entende que ela amarra por dez anos nossos reajustes, promoções, concursos já que tudo isso é visto como despesa. Pedimos um prazo até fevereiro, mas ele não fechou com a gente, porque não tenho como reunir os professores, a Uespi está fechada. Qual interesse em aprovar agora na véspera do Natal?”.

Lina Santana questiona como “estados lascados”, como o Rio de Janeiro, não propuseram ajuste como o estabelecido na PEC 3, e o Piauí, quer vive situação bem mais tranquila, ter adotado um pacote que atenta contra direitos dos servidores. “Ficamos indignados de como o governador defende com tanta veemência, como se fosse a salvação para o servidor. E nós sabemos que é o contrário. Por isso, vai ser um embate bom segunda (26)”.

Fonte: Paulo Pincel

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: