Geral

Governo paga idenizações a vitimas de confinamentos em colônias

governo indenizações internos colonias

Sábado - 25/01/2014 às 08:01



 Em 2013, o Governo Brasileiro sanciou a Resolução 65/215 para a Eliminação da Discriminação das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e seus Familiares, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em assembleia geral. O Piauí, através da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc) , vem acompanhando toda a movimentação em prol da aprovação da lei, além de desenvolver várias políticas locais voltadas para a população atingida.

“Avançamos com uma indenização para as pessoas que foram confinadas em colônias e agora somos os primeiros a discutir também o crime de Estado cometido com a separação dos filhos. Desta forma, saudamos os membros da ONU, Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e organizações nacionais e internacionais de Direitos Humanos, que estão no Brasil para discutir essa questão”, disse Lucimar Batista, da coordenação de Direitos Humanos da Sasc e representante do grupo Morhan.

O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para estudar medidas transformadoras para as ex-colônias no Brasil, avançando para novas missões destas unidades, mas sem perder de vista a proteção das pessoas que foram segregadas. No Piauí, o Hospital Colônia do Carpina, localizado no município de Parnaíba, atualmente conta ainda com 30 moradores. “Prevê para o grupo, ainda estigmatizado, o acesso a melhores serviços de reabilitação, incluindo cirurgias plásticas para aqueles casos que foram diagnosticados, já com alguma sequela, é também um desafio para o SUS”, diz Lucimar.

O Piauí tem um alto índice de hanseníase. No ano passado, foram 852 novos casos diagnosticados (dados parciais) em todo o Estado e 378 novos casos só em Teresina, o que equivale a 49% dos casos diagnosticados, segundo a Secretaria da Saúde do Piauí e a Fundação Municipal da Saúde.

Lucimar aponta como principais desafios para diminuir o número de novos casos no Estado: aumentar a detecção para que as pessoas possam ser diagnosticadas precocemente; quebrar a cadeia de transmissão da doença para evitar as sequelas e, consequentemente, o preconceito; além de realizar campanhas com intuito de aumentar o número de contatos avaliados e diminuir o índice em menores de 15 anos.

“É importante conscientizarmos as pessoas atingidas pela hanseníase de fazer o tratamento completo, que vai de 6 meses para casos iniciais, e de 1 ano nas formas mais avançadas da doença, formas transmissíveis; o que infelizmente não tem acontecido no Estado. A Hanseníase tem cura, e o tratamento se encontra disponível no SUS, é só se informar”, esclarece Lucimar .

Fonte: ccom

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: