Foto: Roberto Oliveira/Alesp/Divulgação
O general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid
O general da reserva Mauro Lorena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestará depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (26), sobre os áudios vazados em que Cid critica a atuação da corporação e do ministro Alexandre de Moraes.
Nos áudios divulgados pela revista Veja na quinta-feira (21), Cid diz ter sido pressionado a delatar acontecimentos dos quais não tinha conhecimento ou "o que não aconteceu", durante os depoimentos à Polícia Federal. Cid também teria afirmado que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e Moraes, relator das investigações sobre o militar no STF, têm uma “narrativa pronta” e estariam aguardando somente o momento certo de “prender todo mundo”.
Em depoimento ao STF na sexta-feira (22), o ex-ajudante de ordens confirmou ter enviado as mensagens de áudio, em tom de "desabafo". Também reafirmou ter decidido espontaneamente delatar os fatos que presenciou durante o governo Bolsonaro e que não houve pressão da PF ou do Judiciário para fazer as acusações.
Após ser ouvido pelo STF, Mauro Cid recebeu voz de prisão, por descumprir as cautelares impostas por Moraes e por obstrução de Justiça ao falar sobre a delação nos áudios com terceiros.
Cid foi preso pela primeira vez em maio de 2023, durante as investigações sobre a falsificação de cartões de vacina de Jair Bolsonaro. Ele foi solto em setembro, após fechar acordo de delação premiada.
Fonte: Brasil 247
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