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PREMIAÇÃO

Niède Guidon recebe prêmio por contribuição em ciência e tecnologia no país

Cerimônia de premiação será realizada em maio, na Escola Naval na cidade do Rio de Janeiro

Da Redação

Quarta - 10/04/2024 às 09:39



Foto: Elisabeth Sá Niède Guidon
Niède Guidon

A historiadora, pesquisadora e professora Dra. Niède Guidon será a laureada da edição 2024 do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia, concedido pelo CNPq em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e com apoio da Marinha do Brasil. A cerimônia de premiação será realizada na Escola Naval do Rio de Janeiro, dia 8 de maio de 2024.

O Prêmio Álvaro Alberto é um reconhecimento aos cientistas brasileiros que contribuíram de forma significativa para a ciência e tecnologia do país, concedido em caráter individual e indivisível, de forma anual, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida; Ciências da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes, área contemplada na edição de 2024.

Graduada em História Natural pela Universidade de São Paulo, em 1959, com doutorado em Pré-História, realizado na Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne (1975), Guidon foi Diretora Presidente da FUMDHAM de 1986 a 2019 e é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Ao longo de sua carreira, ela identificou mais de 700 sítios pré-históricos, entre os quais 426 paredes de pinturas antigas e evidências de habitações humanas antigas no Parque Nacional Serra de Capivara, no Piauí. Responsável pela preservação, desenvolvimento e gestão desse parque, bem como pela proteção da flora e fauna ameaçadas de extinção, Guidon criou no parque um centro cultural e museu, além da FUMDHAM, no município piauiense de São Raimundo Nonato.

Reconhecendo a importância da participação local para o desenvolvimento social, a pesquisadora criou núcleos de apoio comunitário que prestam serviços sociais e cuidados de saúde e educação às comunidades locais, e oferecem treinamento à população local em ecologia, restauro e pré-história.

Com seus estudos, Guidon gravou mais de 35 mil imagens, publicou mais de 100 artigos e formou número relevante de alunos de pós-graduação. Ela também foi premiada diversas vezes. Em 2005, recebeu a Ordem do Mérito Científico, Grã-Cruz, do MCTI; o Green Prize, Paliber; e o Prêmio Príncipe Klaus, esse último concedido pelo governo holandês. Em 2013 recebeu o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Cultura. Em 2014, por sua vez, Guidon foi agraciada com o prêmio Cientista do Ano, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e com o Prêmio Chevalier de La Légion d'Honneur, do governo francês. Por sua defesa à sustentabilidade, a pesquisadora recebeu, ainda, homenagem em 2010, no 5º Fórum Mundial de Meio Ambiente.

Fonte: Governo Federal

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