Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Correios
Funcionários dos Correios devem iniciar uma paralisação dos serviços no dia 4 de abril, em busca de melhorias no ambiente de trabalho. Uma das exigências é a convocação de concurso público em regime de urgência.
O último concurso dos Correios foi realizado em 2011, e, desde então, muitos servidores se aposentaram ou saíram da empresa, o que tem causado sobrecarga de trabalho e adoecimento dos servidores.
Outras reivindicações são a não suspensão do adicional de periculosidade dos carteiros/motociclistas e o redimensionamento de distritos. Os Correios comentaram o assunto e afirmaram ter "reaberto as portas" para representações sindicais, sendo que uma comissão organizadora já foi escolhida para realizar o concurso público da estatal.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí (SINTECT-PI), a direção dos Correios decidiu retirar o adicional de periculosidade dos carteiros/motociclistas, através de uma ação judicial, na qual a direção da empresa alega a inexistência de regulamentação na legislação atual. Segundo os Correios, não existe no Ministério do Trabalho nada que garanta o direito ao adicional de periculosidade, conforme previsto no artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
"A direção dos Correios esquece que a atividade de carteiro/motociclista é considerada uma atividade perigosa, pois implica em risco acentuado devido à exposição permanente do trabalhador a diversos fatores, incluindo colisões, atropelamentos e outras formas de acidentes ou violências nas atividades profissionais dos agentes de trânsito, como consta na própria CLT", afirma o SINTECT-PI.
De acordo com informações da Folha de São Paulo, a greve e o calendário de mobilização foram aprovados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) no fim de fevereiro.
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