Ciência & Tecnologia

Físicos descobrem objeto mais rápido da Terra

Acredite! 70 mil km por hora

Domingo - 23/07/2017 às 10:07



Foto: Reprodução Imagem ilustrativa
Imagem ilustrativa

Cientistas conseguiram tirar uma foto de torvelinhos dentro de um supercondutor e revelaram que eles se movem com uma velocidade incrível – por volta de 70 mil km por hora.

PUB

Esta velocidade é mais alta do que a de todas as sondas espaciais e de todos os objetos naturais da Terra, se lê em um artigo da revista Nature Communications.

"Este descobrimento pode se tornar criticamente importante para a criação de supercondutores da eletrônica do futuro e para encontrar novos problemas teóricos e experimentais ligados à área até agora ainda não estudada dos campos eletromagnéticos e de correntes da energia ultra-alta", conta Lior Embon do Instituto Weizmann de Israel.

Os cientistas já há muito tempo que têm grande interesse pelo fenômeno destes torvelinhos, porque acreditam que eles ajudarão a criar supercomputadores quânticos ou luminosos, para o que é preciso ter dispositivos de armazenamento rápidos e seguros.

 Embon e seus homólogos de Israel, da Ucrânia e dos EUA obtiveram as primeiras fotos no mundo de tais torvelinhos, que surgem em um supercondutor com corrente muito potente. As particularidades incomuns deste fenômeno fazem os cientistas duvidarem de todas as teorias existentes que descrevem o comportamento destas estruturas quânticas.

A velocidade dos torvelinhos, que equivale a 72 mil km/h, como explicam os cientistas, é surpreendente porque mesmo a velocidade da corrente no supercondutor é 50 vezes menor. Por enquanto, os físicos não têm explicação para o que impulsiona os torvelinhos e por que eles periodicamente se juntam uns com os outros e se unem em cadeia, o que contradiz todas as noções sobre o que devia ser seu comportamento.

 Os cálculos teóricos de Embona e seus colegas mostram que a velocidade em questão não é o limite para estas estruturas quânticas. Se esfriar mais o supercondutor e aumentar a tensão nele, então a velocidade será maior. Os cientistas esperam que no futuro seja possível criar dispositivos eletrônicos com base neste fenômeno.

Fonte: Sputnik Brasil

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: