Foto: Paulo Pincel
Prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB)
Um "puxão de orelhas" e uma brecha regimental foran o suficiente para permitir a reapresentação do projeto de Decreto Legislativo na Câmara Municipal de Teresina para concessão de cidadania teresinense ao prefeito de São Paulo, João Doria Junior, do PSDB, depois que a primeira tentativa encabeçada pelo Vereador Luiz André (PSL) fracassou. Faltaram dois dos 20 votos necessários para que a cidadania fosse outorgada. Luiz André afirma já ter 15 assinaturas de vereadores para representar a proposta.
A reapresentação acontece um dia depois que o prefeito Firmino Filho criticou a base aliada na Câmara pela indelicadeza em permitir que a cidadania fosse rejeitada. Firmino não escondeu a decepção com vereadores aliados do Palácio da Cidade.
O presidente da Câmara, vereador Jeová Alencar (PSDB) lamentou a decisão de alguns vereadores de negar a cidadania a Dória. "Essa é uma cidade acolhedora, que abraça as pessoas [...] A prefeitura tem buscado parcerias e novas tecnologias e foi uma tremenda grosseria, uma indelicadeza, que a gente espera seja revertida”, avaliou o presidente.
O vereador Edson Melo (PSDB) considerou o precipitada a proposta original de Luiz André, que teria apresentado o projeto sem consultar a base do prefeito. A proposta acabou rejeitada. Foram 18 votos a favor e 8 votos contra uma abstenção e duas ausências.
“Não houve um trabalho junto a base do prefeito Firmino Filho. O Dória é um cidadão de amplitude nacional, que colabora com a cidade de Teresina. Firmino Filho sempre é bem recebido por Dória quando vai a São Paulo, discutir projetos, como a privatização de parques e de outros setores” afirmou Edson Melo.
O vereador Luiz André, autor da proposta, afirmou que respeita a decisão dos colegas, mas vai reapresentar a proposição porque a Lei Orgânica do Município tem algumas brechas que permitem essa manobra. “Nós vamos aproveitar para representar a proposta e no plenário conseguir aprovar a matéria”.
A oposição promete reagir ao que considera um desrespeito a decisão “soberana” do plenário da Câmara que já voltou e arquivou a concessão dessa cidadania.
Fonte: Paulo Pincel
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