Foto: Paulo Barros
Museu do Piauí
Exposições, debates, oficinas e sessões de cinema se juntam para dar visibilidade à saúde mental no Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes (MUP). A programação faz parte da 15ª Semana Nacional dos Museus, aberta na manhã desta quarta-feira (17).
Até o final do mês, a casa abre as portas para visitação à exposição sobre o tema “As peripécias do inconsciente”, assinada pelo artista Orlando Bonfim, que já foi paciente do Hospital Areolino de Abreu.
As pinturas revelam o olhar de pacientes e ex-pacientes com transtornos mentais. Cada quadro possui um diferencial, como contorno de corpos esculturais, cores vibrantes, traços do rosto de pessoas, mostrando o que a pintura representa para eles e o que provoca em suas vidas.
Segundo o diretor do Hospital Areolino de Abreu, o médico psiquiatra Ralph Webster, a arteterapia é um auxílio essencial no tratamento dos transtornos mentais. “A arte e os transtornos mentais sempre foram ligados, muitas pinturas antigas e de sucesso foram feitas por pacientes com esse problema. Então, trazer essa exposição ao museu faz as pessoas enxergarem o mundo desses pacientes por meio das artes. Aprender como eles enxergam o mundo, como usam as cores, as formas”, explica o médico.
A programação da Semana dos Museus segue até sexta-feira (19), com mesa redonda tratando a saúde mental, exibição de filmes e exposição. O público alvo são estudantes de escolas públicas, mas também é aberta ao público em geral.
“Trazer este assunto que trata sobre saúde mental ao Museu do Piauí também é uma forma de atrair o público, por ser um tema ainda restrito de debates. Temos a preocupação de renovar as atividades como forma de atrair as pessoas para cá, porque sabemos que a presença do público é que faz realmente preservar esse espaço de memória para gerações futuras”, disse a coordenadora do Museu do Piauí, Dora Medeiros.
O Museu Ozildo Albano, em Picos, também está com programação aberta para celebrar a data com atividades que vão até 19 de maio. Durante a programação, a casa vai contemplar uma temática que, durante séculos, foi esquecida não apenas pelos museus tradicionais como por outras instituições: “O Movimento Negro e os Povos de Terreiro”.
Fonte: Governo do Estado
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