Educação

Sindicato denuncia situação precária de escolas estaduais e ameaça não iniciar o ano letivo

Sindicato dos Trabalhadores de Ensino do Estado denunciam a falta de estrutura em algumas escolas, incluindo da rede de ensino integral.

Domingo - 20/11/2016 às 12:11



Foto: Reprodução/Facebook Centro de Educação Profissional (CEEP) Professor Edgar Tito
Centro de Educação Profissional (CEEP) Professor Edgar Tito

Com o encerramento do ano letivo de 2016 e a já preparação para o ano seguinte, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) denuncia a falta de estrutura de algumas escolas do Piauí, que estão impossibilitadas de iniciar um novo ano.

De acordo com o diretor adjunto do Sinte, Marcos James, algumas escolas estão sem condições de iniciar o novo ano letivo. Ele conta que tem visitado escolas no Estado e atesta a falta de infraestrutura. Ele ressalta um caso de escola em Altos e em Teresina.

“Tem uma escola em Altos que está precária. Ela é de 1929 e está caindo tudo: porta, janela, o teto... a gente tem até medo de circular lá dentro. Tem uma escola no Poty Velho que já caiu o teto da secretaria, a biblioteca está afundando”, ressalta.

Marcos James cita ainda a situação da Unidade Escolar Helena Carvalho, que passou o ano inteiro sem água, e cujo problema foi resolvido somente agora. “Quase no final do ano letivo que resolveu o problema da água. Os alunos levavam água de casa na garrafa. E há poucos dias que resolveram esse problema”, relata.

O diretor afirma que, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), seis escolas estão sendo reformadas. Porém, é uma intervenção aquém da necessária. “Estão repondo material, bebedouro, fogões, geladeiras, mas a estrutura física, segundo a Seduc, seis escolas estão sendo reformadas. Vão fazer apenas pinturas, é preocupante para os nossos professores”.

A ausência de uma gestão eficiente nessas escolas seria também responsável por esses problemas. O SINTE denuncia a falta de comunicação entre as regionais e a Seduc que termina interferindo na qualidade do ensino e na permanência do aluno.

“É banheiro quebrado, cozinha sem condição de fazer uma merenda. Escola que nem vigilância tem. E nem funcionário tem. É o vigia e a secretária que fazem tudo. A diretoria da escola é ausente. Ocorre em muitas escolas a ausência de gestão e o descaso das gerências de educação. O que falta é comunicação entre regionais e as próprias secretarias”, lamenta o diretor.

ENSINO INTEGRAL

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) denuncia a existência de escolas que irão iniciar em ensino integral e não dispõem da estrutura necessária. O diretor adjunto do Sinte exemplifica com a Escola Darcy Araújo, no bairro de Fátima, zona Leste de Teresina.

“A escola Darcy Araújo, próximo à igreja de Nossa Senhora de Fátima, não tem banheiro, não tem refeitório, é mais marketing da gestão”, relata.

Apenas quatro escolas no Estado teriam a estrutura adequada para abrigar o ensino integral. “As outras que funcionam é porque o ex-secretário Antônio José Medeiros fazia marketing, porque estrutura mesmo de refeitórios, cozinhas, não tem”, relata.

Fonte: Roberto Araujo

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