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Empresas paranaenses dão exemplo de redução do desperdício de água

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Quarta - 18/03/2015 às 14:03



Foto: Reprodução Seca
Seca
O Dia Mundial da Água é comemorado em 22 de março e, diante da crise que afeta a maior cidade do país, o assunto se tornou um dos temas mais debatidos dos últimos tempos. Embora a situação seja mais grave na região Sudeste, medidas para reduzir o consumo de água tornaram-se palavras de ordem em todo o país, a fim de evitar situação parecida. Gerir o gasto de água é importante não só do ponto de vista ambiental, mas também no aspecto econômico, em função dos aumentos constantes da tarifa e da redução dos custos de cada empresa.

No Paraná, o Colégio Positivo Internacional é um exemplo de como a água deve ser uma preocupação das empresas já na fase de construção. "Com escolhas simples e inteligentes, pode-se evitar o desperdício, sem interferir no conforto e higiene dos alunos, professores e colaboradores", afirma o diretor geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann.

A estimativa é que o Colégio Positivo Internacional reduza em até 80% o gasto de água, na comparação com uma escola do mesmo porte, com uma série de medidas - entre as quais, a adoção de metais e louças eficientes. O uso de arejadores que misturam ar à água, em todas as torneiras, diminui a vasão em 88% (de 6 litros/minuto para 1,8 litros/minuto). Vasos sanitários equipados com acionamento duplo reduzem o consumo em 65%. Já a captação da água da chuva, que é armazenada em três reservas, com capacidade para 5 mil litros cada, garante a irrigação dos jardins, a circulação do sistema de aquecimento do piso e as descargas dos vasos sanitários e mictórios.

A gráfica e editora Posigraf também criou mecanismos para gerir o consumo de água. Por meio do controle de consumo diário em suas três unidades, a companhia identifica falhas e possíveis vazamentos no sistema de distribuição. "O controle é compartilhado pelas áreas de Meio Ambiente e Serviços Gerais, fazendo com que ações sejam tomadas rapidamente para evitar desperdícios", explica Andréa Luiza da Silva Santos, coordenadora da Gestão de Processos, Qualidade e Meio Ambiente da companhia.

De acordo com ela, nos últimos dois anos, a empresa reduziu o consumo na ordem de 10%. Em 2013, a meta era fechar o consumo com 11m3/milhões de giros (medida usada na unidade de produção) e, ao fim do ano, o resultado foi de 10m3/milhões de giros. No ano passado, a companhia esperava reproduzir o resultado do ano anterior, mas o desempenho foi ainda melhor: 9 m3/milhões de giros. "Isso atesta que estamos sendo mais eficientes", diz Andréa. No volume total, entre 2012 e 2013, a queda da Posigraf foi de 23.593 m3 para 20.238 mil m3.

Erros de gestão

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Universidade Positivo, Maurício Dziedzic, afirma que investimentos estruturais podem reduzir o desperdício de água na distribuição - ou seja, antes de chegar às casas ou empresas. O Diagnósticos dos Serviços de Água e Esgotos mostra que as perdas médias de água tratada do Brasil são de 36,9%. "Levando em conta que parte dessas perdas pode não ser real, mas simplesmente água furtada do sistema por ligações irregulares, pode-se arredondar a conta: mais de um terço é perdido por falhas na rede", diz. "Em países desenvolvidos, o índice é próximo a 10%. No Brasil, poderíamos estabelecer meta mais humilde, próxima a 20% a médio prazo. Faria muita diferença", diz.

Fonte: Central Press

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