Política

Empresários dizem que momento não é para aumentar imposto

Eles criticaram os sucessivos aumentos nas alíquotas de impostos de vários produtos

Terça - 17/10/2017 às 17:10



Foto: Paulo Pincel O desânimo era perceptível entre os empresários
O desânimo era perceptível entre os empresários

Os empresário que participaram da audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação, para discutir a Mensagem nº 40,enviada pelo Governo do Estado, que institui o Programa de Recuperação de Crédito Tributário no Estado do Piauí, reclamaram muito dos sucessivos aumentos nas alíquotas de impostos de vários produtos.  Hoje o mercado ilegal de cigarros já chega no Piauí a 70%.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), Francisco de Sousa Neto, entende que o momento não é  para aumento de impostos. “Aumentar impostos nesse momento será crucial para a população. Todos sabem o momento de crise que o nosso país está passando. E sabemos também que a carga tributária que diz ser em cima das empresas, na verdade é em cima do povo, que reduz o consumo cada vez mais. O que queremos é eficiência na máquina Estadual para que possamos trabalhar melhor e assim gerar mais lucro pro Estado, e não mais impostos”, defendeu.

Já o presidente da Associação Industrial, Gilberto Pedrosa, pediu para que seja retirado do projeto o aumento de combustíveis e que a Lei tenha um prazo de vigência. “Nós estamos há uma semana tentando conversar com o Governo e chegar a um ponto de equilíbrio sobre essa Lei. Vimos que o Governo se comprometeu a retirar dela o aumento da energia elétrica, mas esse é o tipo de bode que se coloca numa sala pra retirar depois. Seria uma insensatez que, depois do aumento do Governo Federal de 27%, que gerará aos cofres públicos uma arrecadação extra de cerca de R$145 milhões, aumentar mais 2% seria uma insensatez. O apelo das indústrias do Piauí é que o Governo retire também o aumento de combustíveis, que atinge diretamente a atividade produtiva e estabeleça um prazo para que o aumento desses impostos acabe”, disse Pedrosa.

"Ou seja, a cada 100 cigarros vendidos no Estado, 70 não pagam impostos. Em 2016 temos uma estimativa de evasão fiscal aqui no Piauí de R$ 24,8 milhões só no mercado de cigarros e R$ 70 milhões acumulado de 2010 a 2016. 37% dos cigarros vendidos hoje no Piauí por meios ilegais são vendidos a baixo de preço mínimo. Sobre o aumento tributos, o Estado deveria aprender com a própria história. Em 2004 o Estado aumentou de 25% para 30% o importo e teve uma queda na arrecadação tremenda, tanto que em outubro do mesmo ano, reduziu o importo em 5%. Com esse aumento podemos contar com uma queda abrupta na arrecadação e também com o incentivo ao crescimento do mercado ilegal, que traz consigo também o desemprego. No setor do cigarro, não existe aumento temporário pois ele dá margem para o mercado ilegal trabalhar e crescer. Então o que pedimos é um diálogo maior e prévio do Governo com os setores atingidos”, reclamou Carlos Adad, representante da Souza Cruz, empresa líder no mercado nacional de cigarros.

“Os empresários já não aguentam pagar tantos impostos e tributos, e aumentar ainda mais numa época dessa de crise é inadmissível. E o Governo sempre fala que está vivento num momento de crise, mas vemos a folha de pagamentos sempre aumentando. Hoje os empresários são parceiros do Estado, mas essa parceria não será mais possível numa situação onde o Estado só está lesando ainda mais a nossa classe”, disse Landersson Carvalho, presidente da Associação dos Jovens Empresários do Piauí (AJE).

Reunião da Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Alepi
Reunião na sala da CCJ da Assembleia Legislativa

Fonte: Alepi

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