Somente 14,6 % de água tratada é devolvida aos rios em Teresina

Foto: O Dia

Teresina está em 6 lugar entre as capitais que menos tem cobertura de esgotamento

Teresina está em 6° lugar no ranking de capitais brasileiras que menos tem rede de cobertura de esgotamento sanitário, e somente 14,6 % do total de sua água consumida é tratada para retornar novamente aos rios.

Os 20 piores do Ranking – base SNIS 2013

Principais indicadores para as capitais brasileiras Foto: Instituto Trata Brasil

Os dados são referentes ao último Ranking do Saneamento Básico (base SNIS 2013), publicado pelo Instituto Trata Brasil (ITB) em parceria com a GO Associados, que avalia os serviços de água e esgoto dos 100 maiores municípios do país e os resultados mostram que os avanços continuam tímidos se pensarmos em atingir a universalização dos serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos em 20 anos (prazo do Plano Nacional de Saneamento Básico – 2014 a 2033). Os dados em relação à Teresina pouco mudaram tendo em vista o aumento de somente 1% na cobertura de esgotos da cidade até o ano de 2016

População atendida por coleta de esgotoFoto: Instituto Trata Brasil

O estudo realizou uma simulação da possível universalização do saneamento para as 20 melhores e 20 piores colocadas no ranking. Os resultados mostraram que das 20 cidades melhor colocadas, oito já atingiram a universalização e as outras doze se encaminham para atingi-la nos próximos anos. Nas 20 últimas posições, no entanto, onde estão capitais como Manaus (AM), Teresina (PI), Macapá (AP), Belém (PA) e Porto Velho (RO).

Tratamento de esgoto em relação à água consumidaFoto: Instituto Trata Brasil

Teresina até 2013, contava com o índice de cobertura de esgotos de 17,87%. Segundo a Agespisa, houve um aumento nessa cobertura para 19% que é bastante tímido tendo em vista que houve uma "desevolução" de 0,18 % desse sistema no decorrer dos últimos 5 anos, apontados pela pesquisa.

Segundo Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil, "é uma enorme falta de sensibilidade de governantes que se sucedem dando prioridade apenas às obras mais visíveis eleitoralmente do que às obras mais importantes para o bem-estar da população.”

Fonte: Samuel Brandão/ Instituto Trata Brasil/ Agespisa