Foto: Alagoas 24 Horas
Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu a procuradora-geral interina do país, Sally Yates, na noite desta segunda-feira (30), por declarar que o Departamento de Justiça não apoiaria o decreto assinado por ele na última sexta-feira (27), que proíbe a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos.
A então procuradora-geral emitiu um memorando admitindo que o Departamento de Jusiça tinha dúvidas a respeito da legalidade da decisão do presidente. "Minha responsabilidade é assegurar que a posição do Departamento de Justiça seja legalmente defensável", escreveu ela em nota divulgada à imprensa.
No momento, não estou convencida de que a defesa do decreto seja consistente com essas responsabilidades, nem de que a ordem executiva seja legal. (...) Como sou a procuradora-geral interina, o Departamento de Justiça não apresentará argumentos em defesa da ordem executiva, ao menos até que se convença de que é apropriado fazê-lo".
Com esta decisão, o governo não teria respaldo legal em julgamentos que estão correndo na Justiça contra o decreto, segundo o G1.
Em um comunicado, a Casa Branca informou que "a procuradora-geral interina, Sally Yates, traiu o Departamento de Justiça ao se recusar a garantir a aplicação da ordem legal designada para proteger cidadãos dos Estados Unidos".
O presidente Trump substituiu Yates de suas funções e designou Dana Boente, procuradora do distrito leste da Virgínia, para servir como procuradora-geral interina até que o senador Jeff Sessions seja confirmado [no cargo] pelo Senado".
Na prática, a demissão de Yates não impactará os julgamentos, pois o candidato de Trump para liderar a pasta, Jeff Sessions, deve ser apoiado pelo Comitê de Assuntos Judiciários do Senado ainda nesta terça-feira (31), ser confirmado em plenária na Casa e tomar posse.
Há mais de oito anos, Yates foi nomeada vice-procuradora-geral dos EUA por Barack Obama. Ela exerceria o cargo de procuradora-geral interina até que a nomeação do senador Jeff Sessions solicitada por Trump fosse aprovada pelo Senado.
Além de Yates, procuradores-gerais de 16 estados classificaram o decreto de Trump como "inconstitucional". O veto também foi desaprovado por vários outros líderes norte-americanos e mundiais.
Fonte: Noticias ao Minuto
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