Brasil

Delegado afirma que Rebeca Gusmão não agiu sozinha na fraude de exame

Piauí Hoje

Terça - 13/11/2007 às 02:11



O delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP), Marcos Cipriano, que recebeu na segunda-feira os documentos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre a suspeita de doping que envolve a nadadora Rebeca Gusmão, já avisou que uma coisa é certa: ela não poderia ter agido sozinha.- Ela se beneficiou, mas não foi quem montou tudo isso. Rebeca é apenas mais uma peça. Nossa linha de investigação partirá das suspeitas de fraude, da presença de dois DNAs na mesma coleta. Já temos uma luz, um brilho para começar - afirma Cipriano em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal "O Globo".O delegado analisará os documentos com mais profundidade e posteriormente intimará os envolvidos para depor, incluindo a médica Renata Castro, que se afastou da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).- Quero ouvir a atleta, a médica responsável pelo antidoping e o técnico dela (Hugo Lobo Filho), entre outros. Mas antes também pretendo ouvir pessoas que participaram da escolta (no Pan), já que uma delas foi impedida de acompanhar a coleta - diz, em referência à ex-nadadora Adriana Salazar, que trabalhou como voluntária nos Jogos Pan-Americanos do Rio e que admitiu em entrevista à Rede Globo ter sido impedida de realizar o procedimento exigido pela Feeração internacional de Natação (Fina).Cipriano recebeu da Secretaria de Segurança Pública os nomes de um homem e de uma mulher que teriam barrado Adriana na porta de exames antidoping no Parque Aquático Maria Lenk. Eles também serão ouvidos.- Testosterona pode ser prescrita até por um médico. Mas usar urina de uma outra pessoa numa coleta é fraude. Por ora, seria prematuro falar em crime ou pena. Não dá pra fixar prazos sem ouvir pessoas. O Comitê Olímpico está bastante empenhado para elucidarmos o caso, mas trata-se de um processo demorado - explica o delegado.

Fonte: Globo

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