Política

Delação revela que políticos eram tratados com ironia e desprezo pela Odebrecht

"Feia", "Todo Feio" e "Decrépito" são apelidos que revelam o sentimento da empresa em relação aos políticos

Segunda - 12/12/2016 às 15:12



Foto: Reprodução Ex-deputado federal Inaldo Leitão, o
Ex-deputado federal Inaldo Leitão, o "Todo Feio"

Como acontece no meio da bandidagem, isto é, como se tratam os criminosos comuns, os políticos citados na delação do vice-presidente de Relações Institucionais da construtora Odebrecht, Cláudio Melo Filho, são chamados por apelido. Alguns com sentido depreciativo, em tom de deboche.  “Justiça” é o codinome do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é “Botafogo”. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha é o “caranguejo”. 

Além do deputado federal Heráclito Fortes (PSB), chamado de "Boca Mole" por Cláudio Melo Filho na delação premiada na Operação Lava Jato, outros nomes de políticos piauienses aparecem no documento que vazou na sexta-feira (9), com 82 páginas sobre o depoimento do "negociador" da Odebrecht junto ao Congresso.

O senador Ciro Nogueira (PP) é o “Helicóptero”, “Cerrado” ou “Piqui”. O deputado federal Hugo Napoleão (PSD), o “Diplomata”, e o deputado  federal Paes Landim (PTB), o “Decrépito”.

“Caju” é Romero Jucá (PSDB), senador e líder do Governo no Senado. Jucá ou Caju teria movimentado R$ 22 milhões em propina pagas a políticos ligados ao PMDB.

São dezenas de apelidos: “Babel” (Geddel Vieira Lima), “Primo” (Eliseu Padilha), “Campari” (Gim Argello) “Missa” (José Carlos Aleluia), “Kimono” (Artur Virgílio), “Feia” (Lídice da Mata), “Ferrari” (Delcídio Amaral). “Fazendeiro” (Flávio Dolabella), “Pino ou Gripado” (José Agripino Maia), “Corredor” (Duarte Nogueira), Índio (Eunício Oliveira), “Todo Feio” (Inaldo Leitão), “Tuca” (Arthur Maia), Zoológico (João Leão) “Laquê” (Lucia Vânia), “Misericórdia” (Antonio Brito), “Goleiro” (Paulo Magalhães Júnior), “Comuna” (Daniel Almeida), “Reitor” (Cristovam Buarque), “Moleza” (Jutahy Magalhães), “Aço” ou “Italiano” (Antonio Palocci), “Kafta” (Gilberto Kassab), e  e Mineirinho (Aécio Neves).

Fonte: Redação

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