Economia

Crise será mais dura em 2017, diz secretário da Fazenda do Rio

´´Será um ano mais difícil do que 2016``, disse o secretário

Domingo - 06/11/2016 às 09:11



Foto: Reprodução Gustavo Barbosa
Gustavo Barbosa

Um dia depois de o governo do Rio anunciar uma série de cortes de despesa e aumento de tributos, o secretário da Fazenda do Estado, Gustavo Barbosa, disse neste sábado (5) que a crise será ainda pior em 2017.

Em entrevista ao "RJTV", da TV Globo, Barbosa afirmou que "teremos dificuldades financeiras, sim, mais duras do que em 2016".

"Será um ano mais difícil do que 2016. Isso eu queria deixar muito claro. Acho que a gente quis ontem [sexta, 4] dar todo o sentido de transparência da real situação do Estado", disse o secretário.

Com previsão de aumento para 30% da contribuição previdenciária dos servidores e dos aposentados, o pacote já enfrenta forte resistência das categorias mais atingidas.

O governo anunciou também aumento de impostos, cortes de secretarias e extinção de programas sociais. O objetivo é gerar resultado positivo de R$ 13,3 bilhões em 2017 e R$ 14,8 bilhões em 2018. O governo quer aprovar o pacote na Assembleia Legislativa até dezembro.

"Tem uma crise bastante grave. Por isso, temos que ter ações de impacto imediato para gerar receitas e reduzir despesas", disse o secretário, acrescentando que não pode prever de que forma essa crise vai impactar serviços essenciais.

"Não posso afirmar que será pior na saúde ou na segurança. Teremos dificuldades financeiras, sim, mais duras do que em 2016. Até o momento, apesar de toda a situação, o Estado tem mantido o esforço de manter pagando o servidor até o 10º dia útil. E o que tem sobrado de recurso tem sido direcionado à saúde e à segurança", completou.

Os protestos começaram no Rio logo após a divulgação das medidas, com uma manifestação de servidores da saúde e da educação em frente à Assembleia Legislativa.

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, disse que o pacote resultará em inúmeras ações individuais e coletivas.

"Algumas das medidas agridem a Constituição, inclusive atentando contra direitos fundamentais", disse.

Durante 16 meses, todos os servidores e aposentados terão de pagar contribuição de 30% para a previdência.

Fonte: Com informações da Folhapress.

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