Até então a gratuidade era garantido somente aos deficientes, sendo o acompanhante obrigado a pagar a passagem em viagens para outros estados. Assim, o uso desse direito ficava restrito àquelas que são capazes de viajar desacompanhadas, deixando do lado de fora incontáveis deficientes que necessitam de acompanhante para seus deslocamentos. O problema é maior para as pessoas carentes que querem visitar seus familiares ou necessitam constantemente de tratamento em outros estados. A alteração da Lei Federal do Passe Livre, que passou dois anos aguardando votação pelo Senado, foi publicada no site do Ministério dos Transportes, através de portaria no dia 18 de março deste ano. Tudo graças à insistência de Gilvan Santos Pereira, um piauiense que desde 2009 luta pela extensão desse benefício em nível Federal.

Deficiente visual há 10 anos devido a um deslocamento de retina, o ex-fotógrafo já encaminhou diversos ofícios e fez incontáveis ligações para reivindicar mais qualidade de vida para os portadores de deficiência. O Projeto de Lei proposto pelo então senador paranaense Flávio Arns foi motivado por uma dessas ligações feita em 2009.

"Ele me ouviu durante uma reivindicação que fiz ao programa nacional de rádio Voz do Brasil. Logo me respondeu dizendo que iria encaminhar esse projeto para votação. Somente agora neste ano que o projeto foi aprovado e eu entrei logo com a minha documentação. Recebi a credencial da minha esposa na última terça-feira. O que era um pesadelo se tornou um sonho realizado", disse com orgulho ao lado da esposa, Ana Cristina Pereira. Atualmente, aproximadamente 600 mil pedidos estão sendo avaliados pelo Ministério dos Transportes, a credencial da acompanhante de Gilvan foi um dos primeiros emitidos.

Depois dessa ligação, Gilvan Santos Pereira foi a Brasília, Minas Gerais e Rio de Janeiro para falar sobre as dificuldades que pessoas portadoras de necessidades especiais enfrentam todos dos dias quando precisam viajar. "Eu não tenho condições de me locomover sozinho, pois é tudo muito difícil. É complicado para ficar nas paradas de apoio ou ir ao restaurante. Mais ainda de ir ao banheiro, pois sempre necessitamos da ajuda de uma pessoa desconhecida. Na primeira vez tudo bem, mas das outras vezes, já é um abuso", conta.

Gilvan também contou com apoio de várias entidades piauienses ligadas à luta pelos direitos dos portadores de necessidades especiais como Associação dos Cegos de Teresina, Federação das Apaes, entre outros. De acordo com ele, o problema da acessibilidade ainda é um grande desafio para as pessoas portadoras de deficiência especiais. "Muita coisa ainda tem que ser feita para garantir a total inclusão dessas pessoas na sociedade, mas essa é mais uma conquista para Passe Livre interestadual agora vai ser estendido também para acompanhante
Direito é mais uma conquista a ser comemorada por aproximadamente 45 milhões de pessoas

Até então a gratuidade era garantido somente aos deficientes, sendo o acompanhante obrigado a pagar a passagem em viagens para outros estados. Assim, o uso desse direito ficava restrito àquelas que são capazes de viajar desacompanhadas, deixando do lado de fora incontáveis deficientes que necessitam de acompanhante para seus deslocamentos. O problema é maior para as pessoas carentes que querem visitar seus familiares ou necessitam constantemente de tratamento em outros estados. A alteração da Lei Federal do Passe Livre, que passou dois anos aguardando votação pelo Senado, foi publicada no site do Ministério dos Transportes, através de portaria no dia 18 de março deste ano. Tudo graças à insistência de Gilvan Santos Pereira, um piauiense que desde 2009 luta pela extensão desse benefício em nível Federal.

Deficiente visual há 10 anos devido a um deslocamento de retina, o ex-fotógrafo já encaminhou diversos ofícios e fez incontáveis ligações para reivindicar mais qualidade de vida para os portadores de deficiência. O Projeto de Lei proposto pelo então senador paranaense Flávio Arns foi motivado por uma dessas ligações feita em 2009.

"Ele me ouviu durante uma reivindicação que fiz ao programa nacional de rádio Voz do Brasil. Logo me respondeu dizendo que iria encaminhar esse projeto para votação. Somente agora neste ano que o projeto foi aprovado e eu entrei logo com a minha documentação. Recebi a credencial da minha esposa na última terça-feira. O que era um pesadelo se tornou um sonho realizado", disse com orgulho ao lado da esposa, Ana Cristina Pereira. Atualmente, aproximadamente 600 mil pedidos estão sendo avaliados pelo Ministério dos Transportes, a credencial da acompanhante de Gilvan foi um dos primeiros emitidos.

Depois dessa ligação, Gilvan Santos Pereira foi a Brasília, Minas Gerais e Rio de Janeiro para falar sobre as dificuldades que pessoas portadoras de necessidades especiais enfrentam todos dos dias quando precisam viajar. "Eu não tenho condições de me locomover sozinho, pois é tudo muito difícil. É complicado para ficar nas paradas de apoio ou ir ao restaurante. Mais ainda de ir ao banheiro, pois sempre necessitamos da ajuda de uma pessoa desconhecida. Na primeira vez tudo bem, mas das outras vezes, já é um abuso", conta.

Gilvan também contou com apoio de várias entidades piauienses ligadas à luta pelos direitos dos portadores de necessidades especiais como Associação dos Cegos de Teresina, Federação das Apaes, entre outros. De acordo com ele, o problema da acessibilidade ainda é um grande desafio para as pessoas portadoras de deficiência especiais. "Muita coisa ainda tem que ser feita para garantir a total inclusão dessas pessoas na sociedade, mas essa é mais uma conquista para comemorar,finaliza.