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Cai-cai: Campeão mundial condena Neymar

Piazza, ex-volante do Cruzeito e tri com o Brasil no México, acredita que comportamento em campo do craque do PSG cabe mudança para conduta consciente

Sábado - 25/08/2018 às 13:08



Foto: Sabedenada Neymar
Neymar

Seleção e Copa do Mundo sempre serão assuntos para uma boa resenha com Wilson Piazza, ex-volante do Cruzeiro campeão mundial em 1970 com o Brasil. Em Teresina, o ex-jogador, claro, comentou sobre o cenário da Amarelinha depois da Rússia. Neymar, um dos temas. Na análise de Piazza, a participação do atacante, criticado pelo “cai-cai”, trouxe a seguinte constatação: o craque do PSG precisa ser atleta, ou seja, mostrar em campo um comportamento com mais respeito. As simulações de faltas foram condenadas pelo ex-jogador, ressaltando que o ato não pode ser permitido.

- Ele é caçado em campo, sempre todo jogador é caçado nos sentido de marcação, não se pode deixar à vontade. Isso em determinado momento irrita, tem que ter maturidade e experiência. Ele não é mais um garoto de 18 anos, não pode aceitar qualquer provocação, principalmente pela qualidade e técnica que ele tem. O adverdsário não vai dar essa liberdade. Se ele se irrita com essa marcação de pressão, ele nunca vai somar da maneira como poderia somar à seleção brasileira - atestou.

Piazza acrescentou sobre a necessidade do craque brasileiro ter mais maturidade.

- Por uma questão ética, a gente não costuma comentar o valor de maneira individual, mas no caso do Neymar, o comportamento dele, acho que precisava ser um pouco mais enquadrado como atleta. Temos muitos jogadores de futebol bons, Neymar é exemplo disso. Na Europa, vemos atletas, mais conscientes, cientes do que representa ao torcedor e ao futebol. Houve uma melhora do Neymar nesse sentido – comentou.

Na capital do Piauí para a inauguração da nova sede da Associação de Garantia ao Atleta Profissional (AGAP-PI), o ex-jogador acredita que alguma lição foi tirada pelo atacante diante das avaliações negativas de Neymar pós-Mundial.

- É preciso que ele tenha aprendido nessas duas últimas Copas, a lesão acho que prejudicou a parte física e técnica. O comportamento em campo, a simulação de faltas, o ‘cai-cai’, temos que acostumar em não aceitar, permitir. Isso o verdadeiro atleta tem que entender que é falta de respeito do outro, não pode pensar em ganhar título agindo dessa maneira. É preciso agir dentro de campo como atleta. Bom jogador, técnica (o Neymar) nem se discute.

Para quem esperava uma exibição memorável na Rússia, a eliminação para a Bélgica frustrou a expectativa de um campeão mundial que pretendia comemorar o hexa. Defensor de Tite, Piazza cobrou uma análise fria e sem paixão.

- O futebol se torna apaixonante, com o torcedor retrato de tudo isso, porque dá a oportunidade para um time todo delineado para ser campeão não conseguir ser campeão. Depois do insucesso realizado na Copa no Brasil, acreditávamos, tínhamos a esperança que fosse resgatado o valor do futebol brasileiro de pentacampeão mundial. Infelizmente, ficamos pelo caminho. Não foi um campeonato belíssimo, faltou objetividade – considerou.

No ciclo para o Catar, iniciado por Tite na com a convocação para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, Piazza endente ser preciso o Brasil fazer mea-culpa de erros depois de quatro Copas sem títulos.

- O Tite resgatou a credibilidade durante as eliminatórias (para a Rússia), mas ficou faltando alguma coisa na Copa. Não podemos ficar só no discurso, temo quer e ir para a prática. A Seleção deixou de mostrar, na hora exata, o porquê chegamos a ser pentacampeão mundial. É trabalhar, saber que Copa do Mundo é tiro curto, você preparara tudo para num piscar de olhos ganhar ou perder. Infelizmente, piscamos os olhos, adormecemos, e quando vimos já era – concluiu.

Fonte: globoesporte.com

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