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FIM DO MINISTÉRIO

Lessa aponta Chiquinho Brazão como mandante do assassinato de Marielle Franco

A menção ao parlamentar na delação de Ronnie Lessa também foi confirmada por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF)

Da Redação

Quarta - 20/03/2024 às 23:05



Foto: Agencia Câmara Chiquinho Brazão: confirmação de suspeitas
Chiquinho Brazão: confirmação de suspeitas

A bancada do Rio de Janeiro na Câmara foi informada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) foi apontado como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em delação premiada firmada por Ronnie Lessa, o assassino confesso da vereadora.

A menção ao parlamentar também foi confirmada por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).  O nome do congressista já fazia parte das investigações da Polícia Federal. O caso está sob sigilo e a força policial pretende concluí-lo até o final de abril.

O ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, homologou o acordo de delação premiada de Ronnie Lessa e, na segunda-feira (18), o assassino confesso prestou depoimento.

Segundo agentes da investigação, além do deputado federal, outro nome com foro privilegiado também foi citado durante a investigação.

A principal linha de investigação da Polícia Federal é de que a morte da vereadora foi motivada por uma disputa de terras na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Com base em depoimentos, incluindo o de envolvidos no assassinato, investigadores apuram se a atuação da vereadora por moradia para populações carentes teria relação com o assassinato.

Segundo agentes que trabalham no caso, havia uma disputa para a regularização de um condomínio e a vereadora trabalhava para que a região fosse classificada como de interesse social.

A suspeita é de que o mandante do assassinato tinha interesses comerciais e queria evitar que o poder público inviabilizasse a construção de imóveis de alto padrão. A primeira delação no caso foi de Élcio de Queiroz, que confessou o crime e implicou diretamente Lessa.

Em nota, a assessoria do deputado Chiquinho Brazão afirma que o parlamentar vê com “estranheza” que a citação do nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração. Disse que são especulações e se colocou a disposição para esclarecimento.

“Surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão esclarece que seu convívio com a vereadora sempre foi amistoso e cordial, sem espaço para desavenças, uma vez que ambos compartilhavam dos mesmos posicionamentos acerca da instalação de condomínios em comunidades carentes na zona oeste do Rio de Janeiro. Causa estranheza que seu nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração, principalmente quando se sabe que o instrumento de investigação deve indicar, desde o início, todos os envolvidos que gozem de foro por prerrogativa de função. A despeito das hipóteses levantadas pela mídia e da falta de idoneidade do relato de um criminoso que fez dos assassinatos sua forma de vida, coloca-se à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, ao passo em que, com serenidade e amparado pela verdade, aguarda o esclarecimento dos fatos.”

Fonte: CNN Brasil

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