A ginástica artística brasileira, que antes das Olimpíadas de Pequim era tida como uma das maiores esperanças de medalhas, e até de ouro, com Diego Hypolito e Jade Barbosa, não correspondeu totalmente às expectativas e perdeu as medalhas que eram tidas como certas. Diego e Jade, considerados favoritos no solo e no salto, falharam na hora da decisão e terminaram suas participações fora das três primeiras colocações.Bicampeão mundial no solo, Diego desistiu da disputa do salto para se concentrar na sua especialidade, na qual era uma das maiores esperanças de ouro do Brasil. Classificado com a primeira nota para a final do aparelho, Hypolito optou por uma série conservadora para a final, deixando de lado o salto "Hypolito", considerado arriscado. Decidiu-se por uma série "segura" que, se bem executada, certamente o levaria ao pódio. Após duas passadas bem-sucedidas, o brasileiro errou o último movimento, caindo e perdendo a chance de conquistar a inédita medalha olímpica na modalidade.Jade Barbosa chora ao não classificar-se para a final individual do solo em Pequim - Estou decepcionado. Não sei o que aconteceu. Eu estou na minha melhor fase. Não acreditei quando caí, simplesmente não acreditei. Eu, mais do que qualquer pessoa, queria muito essa medalha. Peço desculpas aos brasileiros que acreditaram em mim, mas dessa vez não deu - disse Diego, chorando, em entrevista à TV Globo. Mesmo sem medalha, Jade Barbosa não pode dizer que sua participação em Pequim foi uma completa decepção. A ginasta conseguiu uma inédita décima posição no individual geral, a melhor da história do país em Olimpíadas. Na disputa por equipes, Jade compôs a equipe brasileira que, ao lado de Daniele Hypolito, Ana Cláudia Silva, Daiane dos Santos, Laís Souza e Ethiene Franco, classificou-se pela primeira vez para uma final olímpica. O oitavo lugar foi considerado uma vitória. Na disputa por aparelhos, Jade ficou fora da disputa do solo, uma de suas especialidades, e na qual é uma das melhores do mundo, e classificou-se apenas para o salto. Na decisão, a brasileira não conseguiu executar seus dois movimentos perfeitamente, caindo nas duas tentativas e terminando na sétima colocação. Decepcionante para quem chegou a Pequim como favorita a uma medalha nos dois aparelhos. Daiane dos Santos, que antes das Olimpíadas fora desacreditada pelo técnico Oleg Ostapenko, que disse em entrevistas que a ginasta iria a Pequim apenas para ajudar a equipe, surpreendeu ao ser a única brasileira a classificar-se para a final do solo. Embalada pela música "Brasileirinho", a mesma que utilizou em Atenas-2004, Daiane apresentou-se sem a pressão por resultados, já que a presença na final já superava as expectativas depositadas sobre si. No fim, após pisar fora do tablado duas vezes durante a apresentação, a gaúcha conquistou o sexto lugar na classificação do aparelho.
Fonte: Globo
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