Brasil

Ciro Nogueira agride as Forças Armadas, diz ex-comandante da FAB

O tenente-brigadeiro Baptista Júnior afirma que declarações do ex-ministro de Bolsonaro têm intuito eleitoral

Da Redação

Segunda - 18/03/2024 às 23:29



Foto: Redes sociais Tenente-brigadeiro Baptista Júnior
Tenente-brigadeiro Baptista Júnior

O ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior (na foto), rebateu nesta segunda-feira (18) o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Após o ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) acusou ex-chefes militares de “prevaricação” por não denunciar uma tentativa de golpe, ou de “caluniador”, o ex-chefe da Aeronáutica disse que o político “agride às instituições.”

O bate-boca nas redes sociais é um desdobramento dos depoimentos de Baptista Júnior e do general Marco Antonio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, à Polícia Federal. O teor das declarações se tornou público na última sexta-feira (15).

Aos investigadores, os militares confirmaram que o ex-presidente fez reuniões no Palácio do Alvorada para discutir uma tentativa de golpe. Ambos disseram, desde o primeiro momento, terem claro a Bolsonaro que não topariam uma ruptura institucional.

O ex-chefe da Aeronáutica chegou a dizer que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro caso insistisse em uma tentativa de golpe.

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Nesta segunda-feira, Ciro Nogueira, em uma publicação nas redes sociais, sem citar os dois ex-comandantes, fez críticas aos depoimentos.

“Quer dizer que agora um chefe, dois chefes (?) de Forças Militares testemunham um Golpe de Estado e não fizeram nada?”, questionou Ciro, que é presidente do PP.

“Está absolutamente provado que há um criminoso inconteste. Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o “golpe” ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido”, completou o senador.

Em resposta, Baptista Junior afirmou que “ao tentar apoio para as eleições de 2026, o senador Ciro Nogueira agride a instituição militar e demonstra desconhecer a lei brasileira, que estabelece que a continência militar é devida às autoridades, não às pessoas”, escreveu.

"Não há vergonha em se cumprir a lei, independente dos governos de turno, que há muito se merecem e se retroalimentam. A honra está na alma e nos exemplos, não no terno, na farda ou no pijama. Se é este o exemplo de um presidente de partido, pouca esperança resta na política”, escreveu.

Fonte: G1, Estadão, UOL e Último Segundo

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