Brasil

OPERAÇÃO DISCO DE OURO

Alexandre Pires é alvo de operação da PF contra garimpo ilegal em terra indígena

O cantor é suspeito de participar de um esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal na Terra Yanomami

Da Redação

Terça - 05/12/2023 às 09:32



Foto: Reprodução/Instagram Cantor Alexandre Pires
Cantor Alexandre Pires

O cantor Alexandre Pires está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Nessa segunda-feira (4), a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão contra o cantor. O artista teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada.

As buscas ocorreram em um cruzeiro onde Alexandre Pires se apresentava, no litoral de Santos. A operação chamada de Disco de Ouro é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Ianomâmi que se encontravam depositadas na sede de uma empresa investigada e estariam sendo preparadas para remessa ao exterior. O cantor ainda não se manifestou. 

Segundo a PF, o esquema seria voltado para a “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da terra indígena, no qual o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba/PA, e supostamente transportado para Roraima para tratamento.  As investigações apontam que tal dinâmica ocorreria apenas no papel, já que o minério seria originário do próprio estado de Roraima.


“Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”, informou a corporação, em nota.

O inquérito aponta ainda que o esquema contaria, ainda, com um empresário do ramo musical, de expressão nacional, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes. Foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.

Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista e Mucajaí, em Roraima, além de São Paulo e Santos, Santarém, Uberlândia e Itapema. As investigações seguem em andamento.

Fonte: Com informações do O Globo

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