Política

Ajuste fiscal permite ao Piauí sair do limite da Lei de Responsabilidade e retomar investimentos

Governador entende que se o Piauí pode sair mais cedo dessa situação, por que adiar?

Sábado - 24/12/2016 às 18:12



Foto: Jorge Henrique Bastos/PK/CCom Governador do Piauí, Wellington Dias
Governador do Piauí, Wellington Dias

Matéria postada às 8h20

O governador Wellington Dias elencou vários argumentos que por si só já seriam suficientes para a aprovação do ajuste fiscal, o principal deles a garantia de que haverá recursos para investimentos de modo a assegurar a retomada do desenvolvimento e a superação da crise financeira que se abate sobre a economia do país, dos estados e dos municípios, com reflexos negativos para todo a população.

Wellington Dias avalia que se há necessidade de o Estado aprovar um conjunto de medidas que permitem ao Piauí sair mais cedo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, por que adiar a aprovação dessas propostas?

O governador recebeu uma comissão de representantes de várias categorias de servidores públicos estaduais, no final da tarde de ontem (23), no Palácio de Karnak e ouviu as reivindicações deles em relação à PEC dos Gastos.

“Acatamos da parte dos servidores e também uma pauta apresentadas pelos parlamentares: se o objetivo é alcançar 10% do investimento, por que prosseguir por mais anos quando essa meta for alcançada. Estabelecemos que tão logo o Estado alcance esse patamar de 10% para investimento, a gente não tem mais esses limites essas regras que estão estabelecidas, porque afinal de contas, é o principal objetivo”, anunciou.

Segundo Wellington, o que o governo deseja é já ter esse ajuste aprovado ainda em 2016, junto com o Orçamento, para que as medidas de austeridade tenham efeito já a partir de janeiro no próximo ano.

“Por que se a gente tem condições de sair da Lei de Responsabilidade Fiscal mais cedo, por que nós vamos ficar adiando?  Se há uma medida de grande interesse público, porque fazer adiamento. Por isso é que nós pedimos esse voto de confiança do conjunto dos servidores do Estado do Piauí”, justificou.

O governador argumentou que quem conhece a sua história de vida, sua trajetória política sabe do diálogo que sempre manteve com os servidores. “Nada tem a ver o que tramita aqui com a PEC 55 como foi colocado. Temos um caminho para o equilíbrio da previdência. Aquilo que tem de reajuste na previdência tem a compensação, portanto não altera um centavo na receita dos servidores. Ao apresentar as novas regras para receitas e despesas de todos os Poderes, nós temos as condições de sair do limite prudencial da Responsabilidade Fiscal”.

As medidas do ajuste fiscal, acrescenta, ao contrário do que se disse não vão congelar salários, impedir concursos ou outras medidas que ameacem a governabilidade.

“Não há uma regra para congelar salários... muito pelo contrário. Hoje é que nós já temos essa situação de impedimento, de reajuste, de promoção, de chamar concursado, de progressão. Alcançando esses objetivos, e essas matérias que estão na Assembleia vão ajudar, nós vamos conseguir voltar a sentar à mesa com o servidor e, é claro, de acordo com a capacidade do Estado, alcançar esse objetivo”, frisou.

“E tem um outro objetivo que interessa a todo o povo do Piauí, que é fazer crescer a capacidade investimento do Estado para seguir fazendo obras, investindo em saúde, educação, segurança, apoio à agricultura, gerando emprego, gerando renda, ou seja, garantindo as condições de o Piauí ter uma condição melhor em 2017, 2018”, concluiu o governador ao deixar a reunião de ontem no Karnak, da qual participaram vários secretários de Estado.  

Fonte: Paulo Pincel

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: