Foto: Paulo Pincel
Secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva
O Piauí fecha o ano com o desemprego beirando a casa dos 7%, metade do que o país e o Nordeste vão registrar em 2016. O secretário de Administração e Previdência, Franzé Silva, ressalta que as medidas adotadas pelo governo ainda em 2015 e que continuaram em 2016 permitiram ao Piauí atravessar, mesmo com alguma dificuldade, toda turbulência provocada pela crise econômica e financeira, agravada pela instabilidade política com os sucessivos escândalos no país.
Franzé Silva acredita que ajuste econômico vai permitir ao Estado não só manter os compromissos financeiros, o pagamento em dia do funcionalismo público, bem como investir em ações que beneficiem a população, gerando emprego e renda, fazendo girar a economia.
“O ajuste fiscal vai beneficiar além da população, toda a estrutura da máquina pública, inclua-se aí os servidores, que poderiam estar restrito a um cenário em que o reajuste seria somente a reposição da inflação. Nós estamos colocando agora a possibilidade de ter o reajuste, de ter concurso porque nós vamos ter uma receita corrente líquida em expansão. O que nós não queremos é o atraso de salário, o que nós não queremos é uma máquina pública totalmente sucateada, como é o caso de outros estados brasileiros”, explica.
Questionado se as propostas aprovadas pela Assembleia Legislativa e sancionada na terça-feira (27) pelo governador Wellington Dias vão garantir os direitos dos servidores, Franzé Silva assegurou que tudo foi feito pensando em reduzir o custo de manutenção da máquina administrativa eficiente e retomar o crescimento com novos investimentos.
“ (O ajuste) Protege. Porque ao contrário dos outros estados brasileiros, onde a PEC está direcionada para pagamento de dívidas, aqui não é o caso, pelo contrário. Fizemos todo o ajuste da máquina pública nos anos de 2015 e 2016, mas precisamos de um cenário de crescimento econômico. O que está sendo proposto pelo governo federal é uma PEC recessiva, onde limita gastos e não indica nada de crescimento econômico. O governador apresentou uma PEC direcionando 10% da nossa receita para investimentos. Fazendo esses investimentos, atendemos a população, fazemos girar a economia, gerar emprego e aumentar a arrecadação da receita. É com base no crescimento da receita que nós vamos ter capacidade de oferecer aos servidores ganhos acima da inflação”, prevê.
A redução do déficit da previdência é uma das prioridades do governo Wellington Dias para 2017. Além de elevar em 2% alíquota de contribuição dos servidores e do Estado para a previdência, o governo precisa encontrar mecanismos para diminuir o desembolso mensal de recursos do tesouro estadual para cobrir esse déficit.
“Além disso (do aumento da alíquota) vamos ter uma série de ações para capitalizar o fundo de previdência. Nós estamos fazendo no Piauí um modelo que não está sendo feito em nenhum outro estado. Estamos colocando bens dentro da previdência para gere receitas permanentes. A curva do cálculo atuarial da previdência precisa, além da contribuição dos servidores e do Estado, termos um modelo que gere receita permanente. É nesse sentido que estamos tralhando, trabalhando para termos uma previdência equilibrada e evitar que venha acontecer o atraso de salários, principalmente na área de inativos e pensionistas, como está acontecendo no Rio de Janeiro, que decretou estado de calamidade financeira..
Franzé Silva é otimista em relação aos próximos anos. “Atravessamos os últimos dois anos organizados. Fechamos 2016 com o desemprego em média de 14% no Nordeste e no Brasil... Aqui nós temos a metade em relação ao desemprego. Queremos manter o emprego e a esperança dos piauienses de morar num lugar desenvolvido”.
Fonte: Paulo Pincel
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