Adolescente que matou Rayron Holanda entrega arma do crime

A Polícia Civil prendeu a mãe de L.G.A, de 15 anos, réu confesso da morte do estudante


Rayron Holanda trabalhando no HUT

Rayron Holanda trabalhando no HUT Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil prendeu a mãe de L.G.A, de 15 anos, réu confesso do assassinato de três pessoas, inclusive o estudante de Medicina da UFPI,  Antônio Rayron Soares de Holanda,  22 anos, executado com um tiro de revólver calibre 22, no peito, numa parada de ônibus na zona Sul de Teresina. A mulher, não identificada foi conduzida à Central de Flagrantes na manhã desta segunda-feira (26), depois de agredir um jornalista na porta do 6º Distrito Policial.

O chefe de investigação do 6º DP, Joathan Gonçalves, explicou que a mãe do adolescente não ficou presa porque a vítima da agressão não quis registrar queixa.

Depoimento

Também na manhã desta segunda-feira, a polícia ouviu o depoimento do rapaz que matou Rayron Holanda. O delegado Hildson Rodrigues, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que foram mais de 3 horas de depoimento.

"Durante o interrogatório, ele cometeu várias contradições. A história que ele contava não batia com o que tínhamos de provas. Contudo, após horas de interrogatório, ele resolveu entregar onde estava a arma do crime. Essa mesma arma foi usada outras vezes por indivíduos em variados assaltos", revelou o delegado Emerson Almeida, tituar do Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor.     

"Ele agiu sozinho. Deu voz de assalto para a vítima que supostamente reagiu. Ele diz que a vítima tentou segurar a arma, o que acho pouco provável, alguém desarmado tentar segurar uma arma. Não acreditamos nisso. Na verdade, a gente vê que ele não demonstra nenhum tipo de arrependimento. Acreditamos que o estudante tenha se negado a entregar o produto do crime [celular] e houve o disparo", adiantou.

A princípio, o acusado tentou inventar uma versão para o crime, mas as provas colhidas no local do crime refutaram as informações repassdas pelo depoente. Depois de muita insistência do delegado, o adolescente decidiu assumir que matou para roubar o celular da vítima. L.G.A. também revelou onde escondeu o revólver usado para matar o acadêmico de Medicina.

A frieza do adolescente impressionou os policiais civis que acompanharam o depoimento, inclusive revelando que já havia esfaqueado um tio, quando tinha 11 anos. O acusado de latrocínio também revelou que matou outras duas pessoas entre outubro e novembro.

"Ele não demonstrou arrependimento. Confessou tudo depois de mentir várias vezes. É muito frio. O caso do estudante foi um latrocínio, mas ele já tinha outros dois homicídios. Então, foi sua terceira vítima fatal e as informações que temos é que ele, geralmente, agia sozinho", acrescentou Emerson Almeida.

Depois de achar a arma enterrada no quintal da casa da avó do adolescente, a polícia busca agora localizar e apreender a moto usada no assalto que vitimou Rayron Hloanda. "Vamos localizar esse veículo para que todos os objetos relacionados ao crime sejam apresentados aos autos. A arma será encaminhada a perícia para que de fato seja constatado que o projétil encontrado no corpo da vítima foi expelido por essa arma", concluiu.

Velório

O corpo de Antônio Rayron Soares de Holanda foi velado na casa do pai (a mãe já é falecida), na cidade de Elesbão Veloso, a 190 Km de Teresina.   Uma caravana de estudantes de Medicina da UFPI foi a Elesbão Veloso se despedir do amigo.  O enterro de Rayron está marcado para às 16h, no cemitério do município.

Fonte: Polícia Civil

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