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ADH vai investigar a venda de casas do conjunto Jacinta Andrade em Ter

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Segunda - 14/02/2011 às 13:02



Foto: CCom Residencial Jacinta Andrade, em Teresina
Residencial Jacinta Andrade, em Teresina
Depois da denúncia dos próprios moradores da venda de casas no conjunto habitacional Jacinta Andrade, zona Norte, de Teresina, o diretor-geral da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), Gilberto Medeiros, decidiu acionar o setor jurídico da Agência para punir os responsáveis. Ele também esteve reunido na sexta-feira (11) com as famílias que moram no local.  Medeiros foi acompanhado das assistentes sociais Lili Carvalho e Nelimária Crisanto.

São 126 famílias que antes moravam nas vilas Corina e Memorare e, na época, precisavam ser removidas porque tinham uma ação de despejo da Justiça para desocuparem a área, localizada no bairro Primavera. “Vamos reunir todos os documentos necessários para tomar as medidas cabíveis. É inadmissível essa prática, principalmente em se tratando dessas famílias que foram acomodadas no Conjunto Jacinta Andrade para resolver um problema emergencial com a Justiça. Dez meses depois já estão se desfazendo dos imóveis”, declara o diretor.

Gilberto Medeiros revela que até o fim de março 1.500 casas das 4.300 previstas no projeto, serão entregues. Hoje, 70% da obra está concluída, sendo que algumas obras estruturantes como calçamento, posto de saúde e escolas já estão licitadas e outras em andamento. Na opinião do presidente da Associação de Moradores do Jacinta Andrade, João Batista, as casas são boas, mas falta muita coisa como acessibilidade, segurança, educação, saúde. “Os quinze primeiros dias aqui foram bem difíceis, não tínhamos sequer água e luz. Mas já atualmente já dispomos desses serviços”, comenta.

Ele confirmou a venda de 10 casas por parte de alguns moradores. A unidade habitacional do empreendimento está avaliada em R$ 40 mil, algumas foram comercializadas por R$ 3 mil. Outra denúncia dos moradores é referente ao valor das tarifas de energia cobrado pela Eletrobras. “Temos recebido contas acima de R$ 100,00 e não temos como pagar. Tem casa que mesmo desligando o contador, todas as lâmpadas continuam acesas, já reclamamos para a Eletrobras e nada foi feito!”, afirma Lia Osório, moradora.

A assistente social, Nelimária Crisanto disse que será criado um plantão social para avaliar individualmente cada caso. “Já estamos fazendo um levantamento habitacional e realmente foram detectadas algumas irregularidades. O documento que as famílias assinaram é provisório. Além do mais, elas tinham consciência que iriam enfrentar alguns problemas, mesmo assim não poderiam vender, alugar ou ceder para terceiros, está no termo de entrega”, explica.

Fonte: CCom

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