Foto: Samuel Brandão
Protesto pacífico no desfile do 7 de setembro
O 7 de setembro, dia da independência do Brasil, foi marcado por protestos contra o governo Temer em todo o país, em Teresina não foi diferente, um grupo de manifestantes levou faixas, apitos e aproveitou o tradicional Desfile Cívico e Militar para protestar, em um novo "Grito do Ipiranga", contra as ações políticas recentes que levaram ao cargo, o atual presidente do Brasil.
O desfile militar desse 7 de setembro reuniu mais de 25 mil pessoas na avenida Marechal Castelo Branco, que foram prestigiar na manhã de hoje, a data de independência do Brasil, que completa 194 anos.
Autoridades como a vice governadora, Margarete Coelho, participaram do eventoFoto: Samuel Brandão
Ao todo desfilaram mais de 60 entidades, dentre elas, escolas particulares, estaduais e municipais, tropas militares e instituições, como a maçonaria e os escoteiros. O evento também contou com a participação da vice-governadora, Margareth Coelho, e do secretário de segurança do Piauí, Fábio Abreu.
Em meio ao desfile, um grupo aproveitou para protestar pacificamente contra o “Golpe de Estado”, segundo os manifestantes, implantado pelo atual presidente, Michel Temer e o ex-presidente da câmara dos deputados, Eduardo Cunha.
Desfile do 7 de SetembroFoto: Samuel Brandão
Para Fabíola Lemos, professora de sociologia e filosofia, esse protesto tem a importância simbólica de evidenciar o período que o país está vivendo, diante de um golpe político. “Nós queremos mostrar para sociedade, que no Brasil, a nossa história, sempre tentou forçar um patriotismo de forma artificial, sem uma base popular, é preciso demonstrar que o povo tem participação sim no processo”.
“Hoje é um dia simbólico, dia da independência do Brasil, tivemos sim uma participação popular nessa independência, mas normalmente, nossa história, olhada de uma forma mais positivista, mais elitista, não incluiu o povo e por isso, nós brasileiros, temos uma dificuldade de conhecer essa participação. Hoje em pleno ano 2016 , o povo ainda está de fora desse processo, só que dessa vez, legitimado por uma justiça corrompida, por instituições extremamente frágeis, como são nossas instituições políticas e jurídicas, e por isso nós precisamos estar aqui demostrando que o povo tem que ter o poder, tem que ter a voz e ocupar os espaços”, afirma a socióloga Fabíola Lemos.
Desfile de 7 de setembro em TeresinaFoto: Samuel Brandão
Fonte: Samuel Brandão
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