Entra governo e sai governo e o grupo Globo, da Família Marinho, nunca desiste de querer impor seu candidato e dá as cartas no Palácio do Planalto. Isso vem desde que decidiu apoiar o golpe de 1964 e a ditadura militar, marcada por tortura, perseguição, desaparecimento e assassinatos de pessoas consideradas inimigas do regime oriundo da caserna.
Agora, os Marinho voltam a atacar. Ao ver que Jair Bolsonaro, o presidente que a Globo ajudou eleger, corre sério risco de ser derrotado nas urnas, sugere pelo seu porta-voz, Merval Pereira, que ele desista de concorrer a reeleição para não ser preso.
Em artigo publicado no jornal O Globo, nesta terça-feira (1), o jornalista reconhece que o ex-presidente Lula (PT) deve vencer as eleições de 2022 e sugere acreditar que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), pode desistir de disputar o pleito “prevendo a derrota certa" e prisão.
Mas há outras intenções por trás das palavras de Merval. Para grupos como o Globo, a ideia é difundir que a prisão de Jair Bolsonaro é dada como certa, caso seja derrotado na disputa pela reeleição, o que já está praticamente definido, segundo todas as pesquisas eleitorais até agora realizadas.
A sugestão para que Bolsonaro desista não é apenas um conselho de boa fé ao presidente. Pelo contrário. Há tempos a Globo jogou o presidente aos leões e por pelo menos duas razões conhecidas: os ataques de Jair ao grupo e o desastre da gestão, principalmente na economia.
É bom lembrar que, desde os tempos em que apoiou o golpe de 1964 e a ditadura militar, os Marinhos mostram que detestam duas coisas: perder dinheiro e ficar fora do poder.
Agora, a intenção da Globo é tirar Bolsonaro de campo para tentar viabilizar a candidatura do ex juiz Sérgio Moro (Podemos), o preferido dos Marinhos desde quando ele chefiava a Lava Jato e perseguia Lula e o PT.
A Lava-Jato, ressalte-se, foi a operação jurídico-policial-midiática mais criminosa que um juiz e promotores de justiça comandaram no país. Foi uma espécie de introdução de nova ditadura com aspecto de legalidade. E com todo apoio do grupo Globo e seus parceiros.
A operação foi um palco que mostrou as reais intenções políticas de Moro e de parte do Judiciário e do Ministério Público Federal, como já está provado em decisões do Supremo Tribunal Federal -STF, que anularam todos os processos da Lava-Jato contra Lula.
O que as pesquisas mostram é que o ex-presidente Lula tende a vencer a eleição presidencial deste ano, seja disputando com Bolsonaro ou Moro e quer a Globo queira ou não. Ela é que tem de se preparar para novo vexame.