Depressão: sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento

Considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos e pacientes


Depressão

Depressão Foto: Depressão - Psicóloga Fabíola Luciano

O problema

A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. Hoje é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um profissional. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.

Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.

Sinais e sintomas

Cansaço extremo

Fraqueza

Irritabilidade

Angústia

Ansiedade exacerbada

Baixa autoestima

Insônia (ou sono de má qualidade)

Falta de interesse por atividades que antes davam prazer

Pensamentos pessimistas

Pensamentos frequentes sobre a morte

Comportamentos compulsivos

Dificuldade para se concentrar

Problemas ou disfunções sexuais

Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia

Fatores de risco

Histórico familiar

Transtornos psiquiátricos correlatos

Estresse crônico

Ansiedade crônica

Disfunções hormonais

Excesso de peso

Sedentarismo e dieta desregrada

Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)

Uso excessivo de internet e redes sociais

Traumas físicos ou psicológicos

Pancadas na cabeça

Problemas cardíacos

Separação conjugal

Enxaqueca crônica

A prevenção

Para espantar a tristeza sem fim da rotina, é importante gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Ler, aprender coisas novas, fazer hobbies e se divertir ajudam a manter a cabeça ativa e livre de pensamentos negativos ou preocupações excessivas. O otimismo, ladeado de bom-senso, assegura o bem-estar emocional.

A máxima “mente sã, corpo são” é cientificamente aceita e o caminho inverso também procede. Ou seja, cuidar do organismo reflete na saúde mental. Nesse ponto, o conselho é praticar atividade física regularmente, inclusive porque estudos atestam que elas incentivam a liberação de hormônios e outras substâncias importantes para a manutenção do humor.

Pesquisas recentes revelam que até a dieta influencia as emoções. Nesse quesito, vale se inspirar no cardápio dos mediterrâneos, abastecido de azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e oleaginosas (nozes, castanhas…). As gorduras e os antioxidantes presentes nesse menu estão associados à maior proteção e conservação das redes de neurônios. Quando a comunicação entre as células nervosas está afiada, não sobra espaço para a angústia se apoderar da cabeça.

Fonte: Abril

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