Política

Prefeitura discute com vereadores a retomada das atividades econômicas em Teresina

A Prefeitura ouviu 20 setores econômicos para apresentar as medidas que devem ser adotadas

Alinny Maria

Terça - 26/05/2020 às 11:37



Foto: Piauí Hoje Sessão virtual da Câmara Municipal de Teresina
Sessão virtual da Câmara Municipal de Teresina

A sessão virtual da Câmara Municipal de Teresina desta terça-feira (26) discute a retomada das atividades econômicas em Teresina. Membros do Comitê Gestor da Prefeitura Municipal apresentaram aos vereadores a metodologia que deve ser usada para elaboração do protocolo de retorno gradual das atividades. A Prefeitura ouviu 20 setores econômicos para definir quais medidas deverão ser tomadas para cada área para a retomada das atividades. 

Um ponto bastante discutido na sessão da Câmara foi sobre a testagem obrigatória dos funcionários de empresas. O vereador Joaquim do Arroz (MDB) disse que ps custos são elevados e tem que levar em consideração este momento de crise econômica. Dr. Lázaro (Patriotas) disse que essa questão tem que ser discutida com os médicos. "Hoje em dia a medicina se preocupa muito com os custos [...] esses testes tem um custo e tem que saber se vale a pena. Essa decisão de pedir exame é médica. É complexo para mim entender que um decreto é quem tem que obrigar fazer essa testagem", ressaltou Dr. Lázaro.

O vereador Dudu (PT) disse que o transporte público merece uma atenção especial. "É um fator que precisa ser melhor planejado para que não tenhamos consequências mais graves para a população. Isso sem falar que, para piorar, ainda temos uma relação bastante conflituosa entre o Setut e a Prefeitura de Teresina, e só quem sofre com isso é o povo", disse Dudu.

Protocolo

O professor Washington Bonfim, membro do comitê, disse cada setor da economia terá que apresentar seu plano de retomada do funcionamento, levando em consideração os eixos determinados pelo comitê. Entre os eixos que devem ser seguidos estão o distanciamento físico, espaços, que engloba cuidados com  a higiene, os equipamentos de proteção e a comunicação. O último eixo engloba triagem, rastreamento e controle e desinfecção de áreas contaminadas. Nestes últimos casos, entra a realização de testagem dos trabalhadores.  

De acordo com Washington Bonfim, cada setor terá seu protocolo de segurança específico. "Já conversamos com mais de 20 entidades patronais e laborais. Conversamos com shoppings, advogados, construção civil, restaurantes, igreja, clínicas, hospitais, diálogo com o Sebrae porque representam os micro e pequenos negócios, Fiepi, entre outros. O plano de segurança não precisa ser submetido a prefeitura para a aprovação, mas vamos pedir que seja amplamente divulgado para funcionários e clientes e que se encontre disponível e para os órgãos de inspeção”.

O professor disse ainda que as empresas também deverão fazer um diagnóstico clínico de seus trabalhadores. "Existe um protocolo da Organização Mundial de Saúde em que se avalia diariamente se o trabalhador está com febre, está com dor na garganta... são algumas perguntas que determinam se o trabalhador deve ser encaminhado a uma unidade de saúde. No protocolo geral, vamos colocar a testagem obrigatória de temperatura. É uma demanda de segurança para o trabalhador e para a empresa". 

Até o momento a Prefeitura de Teresina já discutiu a elaboração de planos com os o comércio, Sebrae, Federação das Indúsias do Piauí (Fiepi) e setores como a construção civil e restaurantes.


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