Deputado denuncia a degradação do Rio Longá em Esperantina

Uma audiência pública debateu a "morte" do Riacho Alecrim, que desagua no Rio Longá


Audiência pública em Esperantina

Audiência pública em Esperantina Foto: Paulo Pincel

A degradação ambiental provocada pela captação irregular de água e a ocupação desordenada das terras nas proximidades do Riacho Alecrim ameaça um dos cartões postais da cidade de Esperantina, a 190 Km de Teresina: a Cachoeira do Urubu, no Rio Longá.

A situação ficou ainda mais complicada com a instalação de matadouro e da construção de conjunto habitacional, com 400 casas, além de 120 imóveis particulares, sem condições de moradia, inclusive saneamento – nem água havia nas casas quando o Residencial Alecrim foi entregue pela Caixa Econômica Federal em 2013. Até hoje os moradores não pagam pela água que consomem. A prefeitura banca essa conta.  

A instalação de vários postos de lavagem de veículos, segundo a prefeita Vilma Amorim (PT), é outro problema que precisa de uma solução urgente. Os lavadores desobedecem às notificações encaminhadas pela prefeitura para que suspendam as atividades.

A grave situação ambiental de Esperantina foi discutida durante audiência pública realizada na quinta-feira (9), na Câmara Municipal de Esperantina, que reuniu autoridades, ambientalistas e população, todos preocupados com a “morte” lenta do Riacho Alecrim, que corta a cidade e desagua no Rio Longá.

A audiência, proposta pelo presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente, deputado Henrique Pires (MDB), foi a segunda atividade do dia. Antes, uma outra audiência pública discutiu a necessidade da preservação de olhos d’águas, riachos e cachoeiras em Batalha, na chamda “Rota das Águas.

O deputado Henrique Pires advertiu sobre a necessidade de uma conscientização das pessoas para a questão ambiental, que ameaça não só a cidade de Esperantina, mas toda a região, que é banhada pelo Longá.

Durante a audiência, a prefeita Vilma Amorim informou que o matadouro público vai ser transferido de local, embora haja resistência das pessoas que sobrevivem do abate de animais e do comércio de carne.

Segundo a prefeita Vilma Amorim, as margens do Rio Longá estão loteadas, ocupadas por propriedades privadas, embora tenham sido consideradas “áreas de risco” pela Secretaria Nacional de Defesa Civil em 2014, pelo risco de enchentes, como as ocorridas no começo deste ano.

Ao final da audiência, foram encaminhadas várias deliberações, inclusive a questão do saneamento do Residencial Alecrim e a regularização da cobrança pelo consumo de água pelos moradores do conjunto.

Após a audiência, o deputado Henrique Pires, acompanhado da prefeita Vilma Morim, foi inspecionar as margens do riacho, onde o esgoto do Residencial Alecrim escorre a céu aberto, poluindo o ambiente.

O deputado vai elaborar um relatório a ser apresentado para o Plenário da Assembleia Legislativa relatando a situação ambiental nos dois municípios e cobrando dos órgãos competentes a solução para os problemas encontrados.

Fonte: Paulo Pincel

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