Frota critica Onyx Lorenzoni: "vamos acordar, sai da Casa Civil"

Deputado afirma que ministro não pode ficar só em reuniões


Alexandre Frota discursa na Câmara dos Deputados

Alexandre Frota discursa na Câmara dos Deputados Foto: Reprodução/TV Câmara

O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) criticou nesta quinta-feira (4) o que considera falta de atenção do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), no diálogo com os parlamentares. Membro do partido do presidente Jair Bolsonaro, Frota afirmou em plenário que a cultura no país está "anestesiada" por falta de ação do ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB). O ministro, segundo Frota, estaria mantendo na pasta quadros ligados ao seu partido.

"Vamos acordar, sai da Casa Civil, Onyx, não podemos ficar só com reuniões, ou então talvez a gente tenha de torcer para o Internacional para [você] poder receber os deputados e fazer com que os deputados se sintam respeitados aqui dentro", disse. O Congresso em Foco entrou em contato com os ministros para repercutir as críticas e aguarda retorno.

O parlamentar afirmou que Terra e seu secretário especial de cultura, Henrique Pires, ‘estão dormindo’ e que a cultura no país, em especial o cinema, está sem rumo. “O mercado cultural está parado, sofrendo, sem saber o rumo a ser tomado. Isso prejudica o nosso governo e até agora não foi mostrado e apresentado um planejamento”, completou Frota.

No discurso, Frota diz que tentou ajudar na composição da equipe do ministério, mas Osmar Terra teria preferido manter a antiga equipe do MDB dentro do ministério. O parlamentar afirmou que deseja um governo “independente de partidos”.

Em janeiro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apontou Frota como um dos articuladores para estreitar sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas desde então, o deputado tem se afastado da postura de apoiador do governo. No começo de março, escreveu em seu twitter que o presidente Jair Bolsonaro estava chateado com ele.

“Hoje, depois de 4 anos de dedicação, recebi a informação que sou persona non grata no Governo Bolsonaro por eu defender a prisão do Queiroz, que confessou rachar os salários de funcionários e por ter perdido do afastamento do senador [Flávio Bolsonaro] para ele apenas se defender”. Recentemente, ele criticou também o ‘tratamento especial’ que estaria sendo dado ao militares na reforma da previdência.

Fonte: Congresso em foco

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