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REPÚDIO

Itamaraty condena ataque que matou líder do Hamas no Irã

Em nota, o Governo Federal disse que o ato desrespeitou a soberania e a integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas

Dhara Leandro

Quarta - 31/07/2024 às 15:14



Foto: Governo da Rússia Ismail Haniyeh, de 62 anos, era líder político do Hamas
Ismail Haniyeh, de 62 anos, era líder político do Hamas

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou nota à imprensa, condenando o assassinato do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh. O Itamaraty repudiou o desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e disse que isso dificulta ainda mais as chances de solução para o conflito em Gaza.

A nota também afirma é necessário implementar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio.

Ismail Haniyeh foi morto em ataque nesta quarta-feira (31), por volta das 2h da manhã, na residência militar onde estava hospedado, em Teerã, no Irã. O líder do Hamas estava no país para participar da posse do presidente Masoud Pezeshkian. O vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin também esteve presente no evento, poucas horas antes do incidente.

Fontes do Exército iraniano informaram que o ataque foi realizado com um drone suicida. O Hamas descreveu o ataque como um "ataque aéreo traiçoeiro", sem fornecer detalhes adicionais.

Confira a nota do Itamaraty:

O governo brasileiro condena veementemente o assassinato do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido hoje, 31/7, em Teerã.

O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e reafirma que atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio. Tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns.

O Brasil reitera o apelo a todos os atores para que exerçam máxima contenção, de modo a impedir que a região entre em conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, às custas de vidas civis e inocentes, bem como exorta a comunidade internacional para que envide todos os esforços possíveis com vistas a promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades.

O governo brasileiro reitera que, para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio, é essencial implementar cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento à Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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